O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, nessa terça-feira (16/7), o personal trainer André Reis Villela pelo assassinato da médica Sabrina Nominato Fernandes (foto em destaque), em outubro de 2020, no Lago Sul.

André e Sabrina foram casados por seis anos. De acordo com a denúncia do MP, apresentada à Justiça do DF, o relacionamento “era permeado de violência física e psicológica” do personal contra a médica.

Ainda de acordo com as apurações do MP, em agosto de 2020, Sabrina contratou um seguro de vida no valor de R$ 500 mil. Segundo o contrato, André era o único beneficiário.

No dia do crime, o casal foi ao aniversário de uma amiga em um restaurante, onde a Sabrina ingeriu bebida alcoólica. Na madrugada seguinte, “aproveitando do estado de embriaguez da vítima e de sonolência causado pela ingestão de medicamentos para tratamento de insônia, André pressionou a face da vítima, impossibilitando-a de respirar“.

No início da manhã, ele deixou a residência para trabalhar e retornou após as 14h, quando acionou o Samu, simulando ter encontrado a mulher morta em casa.

A equipe médica esteve no local e encontrou a vítima sem sinais vitais, constatando o óbito.

Sobre a denúncia

Para o MP, André matou Sabrina com motivação torpe, que seria o recebimento do prêmio do seguro de vida e outros benefícios econômicos advindos do óbito da médica.

O órgão ainda afirma que o delito foi um feminicídio praticado com meio cruel, consistente na asfixia por sufocamento,com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de envolver violência doméstica e familiar.

A denúncia será analisada pelo juiz Paulo Giordano, que decidirá se André deve virar réu pela morte de Sabrina ou não.

Para Sofia Coelho, advogada da família de Sabrina, não há dúvidas quanto a materialidade do crime de feminicídio. Segundo ela, os familiares estão mais confiantes na capacidade da sociedade em dar uma resposta adequada ao criminoso.

“É fundamental que a justiça seja feita e que medidas efetivas sejam tomadas para combater a violência contra a mulher”, disse.

A defesa de André não quis se manifestar.