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Mossoró: fugitivos teriam sido “adotados” por Comando Vermelho do RJ

Buscas estão no 29º dia e mobilizam mais de 600 policiais, helicópteros, drones e cães farejadores

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Comando Vermelho Parede pinchada com a sigla da facção comando vermelho - Metrópoles
1 de 1 Comando Vermelho Parede pinchada com a sigla da facção comando vermelho - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Após serem expulsos e jurados de morte por lideranças do Comando Vermelho (CV) do Acre, os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça podem ter sido “adotados” por integrantes da facção do Rio de Janeiro.

A polícia investiga se criminosos cariocas enviaram recursos e apoio à dupla. Pistas dão conta de que os fugitivos fizeram contato com um núcleo da facção no RJ, com uso de um celular roubado, dois dias após a fuga, em 14 de fevereiro. As buscas estão no 29º dia e mobilizam mais de 600 policiais, helicópteros, drones e cães farejadores.

Como a coluna Na Mira noticiou, Deibson e Rogério pertenciam à facção do Acre até tentarem fugir do Presídio Antônio Amaro Alves (AC), em julho de 2023. A liderança do CV no estado decretou a morte de ambos, sob o argumento de suposta traição da dupla, que pretendia fundar a própria organização criminosa.

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que a dupla foi jurada de morte por ordem dos presos Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, atualmente custodiados em unidades do Sistema Penitenciário Federal (SPF) e apontados pelas autoridades do Acre como principais lideranças da facção na unidade federativa.

“Nesse tipo de situação, para uma traição como a imputada a Rogério e Deibson, a punição definida é a morte”, relatou uma das fontes.

Rebelião

Em julho de 2023, uma rebelião que durou mais de 24 horas terminou com cinco detentos mortos no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, na capital acreana. Três detentos assassinados ainda foram decapitados.

A rebelião começou depois de presos do CV invadirem a ala de rivais das facções B13 e Primeiro Comando da Capital (PCC). Deibson e Rogério estariam ligados a essa rebelião e foram transferidos para o presídio federal em Mossoró após o massacre.

Na ocasião, eles também teriam tentado executar Railan e Selmir, os líderes do CV no Acre, para fundar uma nova facção. O plano, entretanto, acabou frustrado.

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