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Mortos “assumem” R$ 13 mi em contas de luz após fraude na Neoenergia

Grupo de funcionários da Neoenergia transferiu, ao menos, R$ 13 milhões em débitos de determinados clientes para pessoas já falecidas

atualizado

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contas de luz em lápide
1 de 1 contas de luz em lápide - Foto: null

Um esquema criminoso incrustado na empresa Neoenergia Distribuição Brasília S/A é alvo de uma operação deflagrada, nas primeiras horas desta quinta-feira (18/4), pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Dez funcionários são suspeitos de transferir, ao menos, R$ 13 milhões em dívidas de determinados clientes para pessoas já falecidas. Segundo a Neoenergia, os alvos da operação são terceirizados contratados por meio de outra empresa que presta serviços à concessionária.

A investigação da Draco, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão, aponta que os funcionários envolvidos transferiram os débitos para indivíduos falecidos ou que não possuíam qualquer relação com as dívidas originais, resultando em cancelamentos indevidos de despesas e enormes danos financeiros.

O modus operandi consistia em alterar informações de contas de clientes sem a devida documentação, o que gerou prejuízos diretos à Neoenergia e danos ao crédito de terceiros. A operação tem como objetivo desmantelar a rede de fraudes sistemáticas praticadas pelos suspeitos.

Prejuízo maior

Os crimes apurados incluem estelionato eletrônico e inserção de dados falsos em sistema de informações, com manipulações que beneficiaram indevidamente determinados clientes e causaram prejuízos milionários à concessionária.

A auditoria inicial indicou perdas estimadas em R$ 13 milhões, num curto intervalo de tempo, mas, com o avanço das investigações, suspeita-se que o montante do prejuízo seja substancialmente maior.

Se condenados, os investigados podem receber penas que podem chegar a 17 anos de reclusão.

O outro lado

A Neoenergia informou, por meio de nota, que identificou irregularidades realizadas por funcionários terceirizados, que prestam serviço à empresa, e apresentou denúncia-crime à Draco, a fim de que fossem investigados e devidamente punidos.

“Os envolvidos foram demitidos pela empresa terceirizada e a distribuidora está adotando as providências administrativas cabíveis”, diz o texto.

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