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Moradores de região onde Anderson Torres está preso fazem abaixo-assinado para transferência do ex-ministro

Moradores defendem que a prisão de Anderson Torres no 4º Batalhão da Polícia Militar impede realização de projeto de esporte no local

atualizado

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PF Anderson Torres
1 de 1 PF Anderson Torres - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os moradores do Guará, região administrativa do Distrito Federal, organizaram um abaixo-assinado para retirar, de dentro do 4º Batalhão da Polícia Militar, o ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres. Ele está preso há 97 dias no local, por suspeita de conivência e/ou omissão diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.

Na petição, o grupo de moradores alega que, desde a prisão de Torres, o projeto Prevenindo com Arte foi suspenso. Isso ocorre porque o ex-secretário está recluso nas dependências do Batalhão de Aviação Operacional, que está integrado ao 4º BPM. Desde 17 de janeiro, o projeto está parado, já que é realizado no mesmo local.

“A suspensão das aulas tem causado um prejuízo incalculável na saúde física, mental e na qualidade de vida dos alunos”, informou o abaixo-assinado. “Além dos transtornos pela ausência de interação social, que pode ocasionar estresse e ansiedade, agravando o estado de saúde dos que se apoiam nas atividades do projeto, de forma terapêutica”, alega o grupo.

O projeto atende a cerca de 1,2 mil alunos de forma gratuita. São ofertadas 16 modalidades esportivas para crianças, jovens, adultos e idosos.

Nesta quinta-feira (20/4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de liberdade de Anderson Torres. “Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva”, assinalou o ministro.

Na decisão, Moraes ainda escreveu que o ex-secretário “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente – mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes – autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.

O Metrópoles procurou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) para saber se há alguma previsão de transferência do ex-ministro para outra unidade prisional. Até a última atualização deste texto, a pasta não havia respondido aos questionamentos da reportagem.

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