Morador imita macaco após ser repreendido por porteiro no Sudoeste
Segundo nota divulgada pelo condomínio, o menor teria imitado um macaco, bem como reproduzido sons do animal, após ter sido repreendido
atualizado
Compartilhar notícia
Um porteiro, identificado como Gláucio João da Silva, de 48 anos, foi vítima de injúria racial no prédio onde trabalha, em uma área nobre de Brasília, no Distrito Federal. Segundo nota divulgada pelo condomínio, um adolescente, morador do prédio, localizado no Sudoeste, teria imitado um macaco, bem como reproduzido sons do animal, após ter sido repreendido pelo trabalhador na noite dessa sexta-feira (19/8).
O crime teria ocorrido após o porteiro pedir para que dois adolescentes parassem de circular pelo pilotis em bicicletas, já que a situação é proibida, segundo o regimento interno do prédio. Nesse momento, um dos menores teria interrompido a brincadeira e o outro, ignorado, passando a se movimentar na bicicleta, em frente ao local onde fica o porteiro, imitando o barulho de um primata.
Ainda segundo informações preliminares, antes de deixar o local, o mesmo adolescente teria imitado um macaco como forma de provocar Gláucio.
A vítima registrou boletim de ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho). Agora, segundo o delegado responsável Douglas Fernandes, após a identificação do menor, a ocorrência será encaminhada a Delegacia da Criança e do Adolescente.
Confira a nota divulgada pelo condomínio aos moradores na íntegra:
“Prezados Condôminos,
A Comissão de Segurança em razão da gravidade do fato ocorrido, e observando o princípio da publicidade, determinou que fosse feito o presente COMUNICADO, especialmente por não pactuar com quaisquer ações racistas.
Ontem, por volta das 20:40hs, o nosso Porteiro sofreu uma ofensa gravíssima, possível “injúria racial”, por parte de um adolescente que costuma usar habitualmente o pilotis do prédio, juntamente com outras crianças/adolescentes/moradores do nosso edifício. Tal fato ocorreu após terem sido chamados a atenção por estarem circulando com uma bicicleta grande e com velocidade, inclusive muito perto de outros moradores que entravam nas prumadas, fato este que poderia gerar acidentes.
O referido adolescente, então, começou a imitar sons e gestos de macaco de forma clara e a querer agredir e ofender nosso porteiro. O fato foi levado para esfera policial e nosso porteiro apresentou criminalmente a injúria racial. As imagens do nosso CFTV já foram apresentadas à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e aguardamos o desfecho desse fato lamentável…”