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Mistério cerca morte de brasileira que caiu do 4º andar na Holanda

Testemunhas ouviram Taiany Caroline pedir socorro, minutos antes de despencar do prédio. Além dela, apenas o namorado estava no local

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1 de 1 mulher de terno fazendo selfie - Foto: Reprodução

Nascida e criada em Planaltina, no Distrito Federal, a pedagoga Taiany Caroline Martins Matos, 32 anos, morreu após cair do 4º andar de um prédio na província de Breda, na Holanda. O caso foi registrado na manhã da última sexta-feira (3/1) e ainda está envolto em uma série mistérios. Antes da queda, testemunhas que estavam em um café próximo ao edifício ouviram gritos de socorro. Apenas o namorado da vítima estava no imóvel.

Caroline morava há seis anos na Bélgica e namorava há três com um holandês identificado como Edgard Van de Boom, 53. O homem atua como gerente de vendas nos Países Baixos. A polícia holandesa entrou em contato com a família de Caroline no último sábado (4/1), comunicando sobre tragédia. Segundo os familiares, um inquérito foi aberto, mas acabou concluído em apenas 24 horas, sinalizando uma suposta “fatalidade”.

Na noite anterior à morte, a brasiliense estava em uma festa com duas amigas também brasileiras. Apontado como ciumento e possessivo pelos familiares de Caroline, Edgard teria passado a noite e madrugada ligando para a namorada. Com medo, Caroline esperou amanhecer para voltar para casa.

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Briga pelo celular

Segundo o irmão de Caroline, Rayan Martins de Oliveira, o casal teria protagonizado uma briga por causa do celular da vítima. O holandês queria ter acesso às mensagens da namorada, que negou o aparelho ao homem e se trancou no quarto. Enquanto Edgard forçava a porta, a brasileira teria colocado parte do corpo para fora da janela e se pendurado, na tentativa de escapar do companheiro, de acordo com Rayan. Em seguida, Caroline teria caído do 4º andar.

“A história toda está nebulosa. Não há hipótese de ter ocorrido suicídio. As informações que temos é que ela estava tentando fugir de alguma situação. Ela estava com medo de voltar para casa justamente pelo fato de ele ser extremamente possessivo e ciumento”, explicou.

De acordo com a família da brasileira, a polícia holandesa informou a conclusão do inquérito em tempo recorde. “Só nos procuraram para explicar que a investigação havia terminado no dia seguinte e que não havia ocorrido crime, apenas um acidente fatal”, contou a irmã de Caroline, Nayani Martins.

Translado do corpo 

Ainda segundo Nayani, não houve perícia no local onde o corpo de Caroline estava. Além disso, as autoridades holandesas se restringiram a informar que a liberação do corpo ocorreria mediante o pagamento de sete mil euros. O valor é cobrado para realização do translado da Holanda até o Distrito Federal.

Segundo a família da brasiliense, o holandês foi frio quando ligou avisando sobre a morte de Caroline. “Ele simplesmente disse que a ela ‘estava morta, infelizmente'”, contou o irmão da vítima. Edgard teria, em um primeiro momento, se prontificado a arcar com os custos para o transporte do corpo da namorada, mas mudou de ideia. O holandês, então, se prontificou a doar 500 euros.

“A impressão que dá é que ele não quer que o corpo venha para o Brasil. Realmente não temos o valor necessário para arcar com todos os custos. Por isso, estamos contando com a ajuda de todos. Abrimos uma vaquinha por meio do CPF: 07694330147 em nome de Cauã Martins de Oliveira “, desabafou Nayani.

Último Natal

Caroline deixou a Europa pouco antes do Natal do ano passado para passar as festas de final de ano com a família, em Planaltina. “Ela sempre foi muito carinhosa e amorosa e ficamos grudadas o tempo todo. No entanto, ela decidiu voltar para passar a virada do ano em Paris, com o namorado. Uma semana depois, ela estava morta”, contou a irmã.

Caroline gostava de viajar pelo mundo e, apesar de ser pedagoga, mudava de área de atuação, dependendo do país em que estava. Na Bélgica, ela estava trabalhando como atendente em um pub e em um pizzaria.

A brasileira havia deixado a casa onde vivia em Namur, na Bélgica, para morar em um apartamento, na Holanda. A jovem havia sido pedida em casamento pelo holandês e planejava morar com ele, em Breda.

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