Milionário, alvo da PCDF mora em mansão que foi de Bell Marques
No local, foi apreendido um revólver calibre .38, sem registro, o que resultou em prisão em flagrante
atualizado
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Um empresário alvo da Operação Looping mora em uma mansão localizada na beira da praia, no município de Lauro de Freitas (BA). A coluna apurou que a propriedade, avaliada em R$ 6 milhões, pertenceu ao cantor Bell Marques e estava sendo negociada para as gravações do reality show De Férias com o Ex, produzido pela MTV.
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão no imóvel na manhã desta terça-feira (25/1). No local, foi apreendido um revólver calibre .38, sem registro, o que resultou na prisão em flagrante do empresário. O investigado também é dono de um iate avaliado em R$ 900 mil.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, apura as atividades de grupo criminoso que fraudava procurações e escrituras de terrenos de alto valor imobiliário.
Segundo a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), responsável pela operação, os suspeitos tentaram transferir uma área rural de mais de 148 hectares avaliada em R$ 9 milhões.
A documentação do terreno, localizado no Gama, foi fraudada e apresentada a cartórios do Distrito Federal. As policiais civis de Goiás e da Bahia também participam da ação.
Veja imagens da mansão:
Looping
São cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Gama, Águas Lindas de Goiás, Goiânia (GO), Salvador (BA) e Lauro de Freitas (BA). As diligências ocorrem em imóveis de luxo, empresas e até mesmo um iate. Durante as diligências, um dos investigados foi flagrado com um pé de maconha. Ele foi preso em flagrante.
O grupo é composto por cinco integrantes, entre empresários, um advogado que já foi preso em flagrante por estelionato e um antigo tabelião do Cartório de Notas e Registro Civil de Limeira (MG).
O tabelião, um dos principais investigados, foi destituído do cargo em 2015 por falsificar procurações e escrituras. Entretanto, mesmo tendo perdido o cargo, a polícia apurou que ele segue com as fraudes.
No Distrito Federal, os investigados chegaram a falsificar um documento da Terracap, que informava que o terreno localizado no Gama pertencia ao órgão.
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Os policiais identificaram que os criminosos ainda fizeram um contrato de R$ 400 mil com uma financeira dando o terreno invadido como garantia.
Os suspeitos respondem por crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão.