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Milicianos bicheiros são afastados por agiotagem e extorsão

Equipes cumpriram um mandado prisão preventiva, 17 de busca e apreensão, além do bloqueio de aproximadamente R$ 4 mi de contas bancárias

atualizado

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PF/Divulgação
Marketplace: quadrilha ganha R$ 4,5 milhões vendendo mercadoria ilegal
1 de 1 Marketplace: quadrilha ganha R$ 4,5 milhões vendendo mercadoria ilegal - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (9/4), a Operação Hybris. O objetivo é desarticular uma organização criminosa formada por milicianos e especializada na lavagem de capitais oriundos de atividades como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. O grupo atua em Feira de Santana (BA) e cidades vizinhas.

A ação ocorreu junto à Receita Federal, ao Ministério Público da Bahia, à Força Correcional Integrada, vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), e à Corregedoria da Polícia Militar do estado.

As equipes cumpriram um mandado prisão preventiva, 17 de busca e apreensão, ordens para bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados, além da suspensão das atividades econômicas de uma empresa e de cinco policiais militares das funções públicas. As determinações partiram da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e estaduais, bem como 13 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal.

R$ 200 mi

O caso em investigação é um desdobramento da operação El Patrón, deflagrada em 7 de dezembro de 2023, que cumpriu 10 mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, o bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

A PF frisou que um dos investigados foi beneficiado, em dezembro, com direito à prisão domiciliar e, com o aprofundamento das investigações, ficou evidente a necessidade de retorno do alvo à cadeia, pedido acatado pelo Poder Judiciário.

Ainda segundo a PF, o chefe da organização criminosa tem foro por prerrogativa de função. No entanto, ele não teve o nome divulgado. A Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios que apontaram inconsistências fiscais por parte dos investigados, movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos dos alvos, a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Nesta nova fase da operação, as equipes verificaram a participação de outros cinco policiais militares da Bahia – inclusive um tenente-coronel –, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano e cujas atribuições seriam de cuidar da segurança para execução das variadas atividades ilícitas desenvolvidas pela organização. O grupo também ocultava a propriedade de bens e dissimulava valores obtidos em decorrência de infrações penais.

A investigação continuará para apuração da participação de outros eventuais envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados poderão receber penas máximas que, somadas, podem passar dos 50 anos de reclusão.

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