Médico que sacou arma em pizzaria pagará R$ 3 mil a ONG como punição
MPDFT propôs acordo de não persecução penal como forma de substituir o processo criminal. Ameaças a funcionários aconteceram em 26/9
atualizado
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O médico Thiago Zacariotto Lima Alves, que sacou uma arma em pizzaria da Asa Sul, fez um acordo de não persecução penal com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Ele terá de pagar R$ 3 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do DF (Apae). O MP propôs a substituição do processo na quinta-feira (11/11).
O acordo de não persecução penal é uma possibilidade dada aos autores de crimes de “substituir” o processo criminal por outras formas de reparação dos danos causados com o delito. Segundo o acordo proposto pelo MPDFT, enquanto o pacto não for cumprido, o médico não pode cometer outros crimes, senão a deliberação será suspensa.
A confusão aconteceu no dia 26 de setembro. O médico que ameaçou funcionários de uma pizzaria com uma arma para reclamar da demora na entrega do produto, na verdade, forneceu o endereço errado no aplicativo de entrega.
A consulta ao sistema do app mostrou o equívoco. Mesmo não tendo razão na queixa, o profissional de saúde foi até o estabelecimento, na Asa Sul, e, portando uma pistola, xingou os trabalhadores, além de ameaçá-los. Há dois vídeos que mostram o momento das ameaças.
Veja os vídeos do momento em que o médico ameaça os funcionários:
Thiago é registrado como Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). Ele apresentou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), voluntariamente, as armas de fogo que tinha – uma pistola nove milímetros com três carregadores e um revólver calibre 38.
O médico foi autuado por porte ilegal de arma de fogo porque ele só tem permissão para portar a arma do trajeto de sua residência até o estande de tiro e, por isso, não poderia ter ido armado até a pizzaria. Ele também foi autuado por ameaça.
