Marcola volta para prisão em Brasília por prevenção contra fuga
Últimas transferências de Marcola são cercadas de polêmicas. O ex-ministro Anderson Torres tinha tirado preso de Brasília
atualizado
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Líder do PCC e um dos presos mais conhecidos do país, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, voltou à Penitenciária Federal em Brasília. A transferência ocorreu nesta quarta-feira (25/1), autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que afirmou ser uma prevenção contra “um suposto plano de fuga ou resgate”.
Marcola estava na penitenciária de Porto Velho, Rondônia. A mudança foi realizada com forte esquema de segurança, em uma operação especial da Secretaria Nacional de Política Penais.
Flávio Dino argumentou que “essa operação se fez necessária para garantir a segurança da sociedade”. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, hoje preso, havia determinado a saída de Marcola dos presídios da capital em março de 2022. Na ocasião, Ibaneis Rocha (MDB), atualmente governador afastado do DF, tinha intercedido pela transferência.
Polêmicas
Principal chefe do Primeiro Comando da Capital, Marcola foi transferido para o Presídio Federal de Brasília em março de 2019, em uma chegada que gerou reações políticas no DF. Na época, Ibaneis ficou indignado e afirmou que era “inadmissível aceitar a instalação do crime organizado na capital da República”.
A Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF) também se manifestou contra, ainda em 2019. Após três anos de prisão na capital, e muitas ações de forças de segurança contra a instalação do PCC em Brasília, Marcola acabou sendo transferido para o presídio de Porto Velho (RO), em 2022.
Na ocasião, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança de Ibaneis, estava à frente do Ministério da Justiça e foi elogiado pelo governador. Já em Roraima, o detido também passou a ser alvo de problemas.
Em agosto do ano passado, a Polícia Federal, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), deflagrou a Operação Anjos da Guarda, com o objetivo de desmantelar o plano de resgate de líderes do PCC presos nas penitenciárias federais de Brasília e Porto Velho. Entre os criminosos, constava o nome de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.