Mansão de Big Jhoow, avaliada em R$ 2 mi, é confiscada pela Justiça
O “rei das rifas”, que está preso desde 16 de novembro, ostentava vida de luxo em um condomínio da região metropolitana de Belo Horizonte
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) decretou o sequestro de uma mansão avaliada em R$ 2 milhões, que pertencia ao influenciador digital Elizeu Silva Cordeiro, conhecido nas mídias sociais como Big Jhoow. O “Rei das Rifas” foi alvo de megaoperação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em 10 de novembro.
Big Jhoow, que está preso desde 16 de novembro, ostentava vida de luxo em mansão situada em condomínio da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ele foi preso por lavagem de dinheiro e promoção de sorteios ilegais de um superesportivo da marca italiana Lamborghini.
De acordo com as investigações, o influenciador desembolsou cerca de R$ 1,8 milhão pela compra da casa em um confortável condomínio com casas de alto padrão. A compra do imóvel teria sido sacramentada pelo influenciador em 31 de dezembro de 2021 e quitada logo depois.
Veja imagens da mansão:
Equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais (Core-MG) prenderam o investigado, no município mineiro de Esmeraldas. Na residência do influenciador, a corporação ainda apreendeu uma lancha e um jet-ski.
A casa luxuosa, apelidada por Elizeu como “mansão dos sonhos”, possui piscina, churrasqueira, acesso para lago, além de quadras esportivas. No local, também havia uma roleta adesivada com o nome dele. O equipamento era usado para promover alguns sorteios.
Em 13 de novembro, a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da PCDF requereu a prisão preventiva do influenciador digital. A justificativa se deu pela garantia da ordem pública, porque o influenciador continuou a promover sorteios ilegais de uma Lamborghini — mesmo após o sequestro judicial do carro —, com a promessa de entrega de valor correspondente ao do veículo.
Veja imagens da lancha do influenciador:
Megaoperação
A PCDF deflagrou uma megaoperação para desarticular um esquema milionário de rifas ilegais e lavagem de dinheiro com uso de empresas de fachada.
A segunda fase da Operação Huracán mirou dois influenciadores da capital federal e de Minas Gerais. Eles têm ligações com o youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido como Klebim, preso temporariamente na primeira etapa da investigação.
Veja imagens do “Rei das Rifas” ilegais ostentando:
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente, em Vicente Pires e algumas cidades de Minas Gerais, pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF).
Principal alvo da ação, o influenciador Elizeu Silva Cordeiro é conhecido nas mídias sociais como Big Jhoow, ou “Rei das Rifas”. O outro youtuber envolvido no suposto esquema de sorteios clandestinos, alvo de busca e apreensão, foi Marcelo Alves Lopes, sócio oculto de Klebim.
A Justiça havia deferido o sequestro de uma lancha de luxo, um jet-ski e dois carros da marca italiana Lamborghini, avaliados, juntos, em R$ 5 milhões. Também autorizou o bloqueio de R$ 12 milhões, distribuídos entre várias contas bancárias.
Empresas de fachada
Os investigadores identificaram que a outra ponta do esquema no DF ficava sob a responsabilidade de Marcelo Alves. O influenciador , segundo a PCDF, sorteia veículos sem autorização através de uma plataforma na internet. Marcelo já sorteou pelo menos dois veículos e vários Iphones. Tanto Big Jhoow quanto Marcelo usam empresas de fachada para lavar o dinheiro amealhado com as rifas ilegais.
Foram mapeadas ligação entre as empresas, confirmadas por meio de depósitos entre contas vinculadas às firmas de fachada. As investigações mostram que Marcelo é proprietário das empresas BR Vendas e ML Pagamentos e Comércio de Produtos Eletrônicos. Ambas as empresas deveriam estar situadas em Taguatinga, mas não existem fisicamente.
A primeira estaria sediada em Taguatinga Sul, mas no local existe apenas um lote com uma casa nos fundos. Já a segunda empresa estaria sediada na Quadra QSC 19, mas no local está situado em prédio residencial. No andar foi encontrado apenas um apartamento desocupado.