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Lote por crack: invasão na Asa Sul tinha sofisticada rede de tráfico

Terrenos eram vendidos ilegalmente e dinheiro acabava revertido na compra de pedras de crack

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1 de 1 foto-megaoperação-cobracoral - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Na ocupação Cobra Coral, invasão localizada na Asa Sul, uma sofisticada rede de tráfico de drogas se montou. Há relatos de pessoas que começaram a vender irregularmente lotes no local a fim de conseguirem dinheiro para a compra de entorpecentes, principalmente crack.

Nessa quarta-feira (16/3), a Operação Gênesis, ação integrada entre diversas forças de segurança e de fiscalização do Distrito Federal, realizou a derrubada de algumas estruturas que faziam parte do esquema. A ação foi coordenada pela Subsecretaria de Operações, da Polícia Militar do DF (PMDF) e com apoio da Polícia Civil do DF (PCDF).

A coluna apurou que havia mais de 20 áreas loteadas no local. O esquema teve início depois que a PCDF, por meio da 1ª DP, em 2021, prendeu alguns traficantes da região — alguns estão em liberdade provisória, mas 11 ainda estão detidos. A comunidade, então, começou a vender os lotes entre si a fim de trocar por crack.

O negócio cresceu. Empresários como o dono de um salão e o proprietário de um lava-jato da capital federal chegaram a comprar terrenos na área. Os valores variavam de R$ 2 mil a R$ 30 mil. O dinheiro também era usado para pagar advogados aos que foram presos no ano passado.

Ocupação na Asa Sul tem mais de 40 anos, quase mil moradores e continua crescendo

As glebas negociadas sem qualquer anuência do poder público ficam à beira dos hospitais da região e perto do Parque Ecológico da Asa Sul. Com a operação dessa quarta, foram derrubados os barracos mais recentes, como os de madeirite e os que estavam com o alicerce no início. A ação deve continuar. A intenção é inibir o esquema de tráfico montado no local.

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Diversas forças de segurança participaram
Lotes eram vendidos para dinheiro ser trocado por drogas
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Ação foi realizada nesta quarta-feira

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Diversas forças de segurança participaram

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Lotes eram vendidos para dinheiro ser trocado por drogas

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Veja os órgãos que participaram da operação:
  • Polícia Militar do DF (PMDF)
  • Subsecretaria de Operações
  • Secretária DF Legal
  • Subsecretaria de Fiscalização de Obras (Suob)
  • Brasfort
  • PCDF – 1⁰ DP
  • Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e Meio Ambiente (Dema)
  • Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF)
  • Grupamento de Busca e Salvamento (GBS)
  • Terracap
  • Ibrahan

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