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Líder do Clã Mota, aliado do PCC, foi preso em BMW de R$ 1 milhão

Clã Mota, segundo as investigações, é um dos principais fornecedores de drogas da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC)

atualizado

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BMW/Divulgação
BMW X6
1 de 1 BMW X6 - Foto: BMW/Divulgação

Um dos maiores produtores de entorpecente do país, o pecuarista Antônio Joaquim da Mota, conhecido como “Tonho”, estava em um carro de luxo quando foi preso pela Polícia Federal (PF), em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai. O criminoso conduzia uma BMW X6 (como a da foto em destaque) avaliada em mais de R$ 1 milhão. A prisão ocorreu na terça-feira (20/2).

Tonho é apontado como líder de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. O Clã Mota, segundo as investigações, é um dos principais fornecedores de drogas da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo atua na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A família dele ficou multimilionária por meio do envio de drogas para a Europa, segundo a PF.

Contra Antônio Joaquim havia um mandado de prisão em aberto por diversos crimes, como posse e tráfico de arma de fogo e de drogas, além de organização criminosa. Ele era procurado desde dezembro último.

Em razão da periculosidade do preso e da possibilidade de tentativa de resgate dentro da unidade da PF em Ponta Porã, a ação contou com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS) no transporte aéreo da cidade para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

Família do crime

Tonho é pai de Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota (foto abaixo), conhecido como “Dom” ou “Motinha”, atualmente procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

O herdeiro da máfia conseguiu escapar de helicóptero, na véspera da Operação Magnus Dominus, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2023. Investigações revelaram que Dom contava com policiais infiltrados e mercenários, que atuavam em guerras e até no combate a piratas da Somália.

Autoridades ligadas ao caso detalharam que, em 2021, o megatraficante chegou a comandar um exército formado por 120 homens armados, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Dom também foi investigado no âmbito da Operação Helix, que confirmou o elo entre o Clã Mota com Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, e o braço direito dele, Caio Bernasconi Braga, o Fantasma da Fronteira, ambos do PCC.

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