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Líder do Cartel dos Balcãs é preso em operação da PF com a Europol

A ação contra o cartel foi liderada pela Sérvia e teve a participação de Croácia, França, Polônia, Portugal, Espanha e Eslovênia

atualizado

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PF/Divulgação
dinheiro apreendido pela PF
1 de 1 dinheiro apreendido pela PF - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) participou da operação, divulgada nesta sexta-feira (1º/9) pela Europol, que desarticulou a organização criminosa Cartel dos Balcãs, investigada por tráfico internacional de drogas.

A ação, liderada pela Sérvia, ainda teve a participação de Croácia, França, Polônia, Portugal, Espanha e Eslovênia e contou com o apoio do Centro de Análise e Operações Marítimas – Narcóticos (Maoc-N).

As investigações tiveram início em janeiro de 2022, quando a Polícia Criminal da Sérvia começou a apurar o envio de cocaína da América do Sul para a União Europeia pela organização criminosa.

Já com o apoio da Europol, foi apontado que capitães de nacionalidade ucraniana e checa, fizeram várias viagens para Cabo Verde e outros locais na África Ocidental para preparar o navio para as ações criminosas.

Apontou-se ainda que a embarcação estava localizada no Brasil, o que permitiu que autoridades brasileiras e espanholas, apoiadas pelo Maoc-N, monitorassem seu movimento.

Em 24 de agosto, foram cumpridas, na Sérvia e na Espanha, seis prisões e 15 buscas domiciliares. Foram apreendidos 2,7 toneladas de cocaína, dois veículos de luxo e mais de 550 mil euros em espécie. Contas bancárias e imóveis dos investigados também foram bloqueados durante a investigação financeira.

Foram alvo da operação um cidadão sérvio, identificado como um dos principais líderes do grupo criminoso, e outros indivíduos fundamentais para o funcionamento do cartel. Ainda segundo a investigação, os presos organizavam as operações de remessa por meio de plataformas de comunicação criptografadas.

Grupo de Trabalho Cartel dos Balcãs

A derrubada de três ferramentas de comunicação criptografadas utilizadas por criminosos, Encrochat, Sky ECC e Anon, deu às autoridades internacionais uma visão sem precedentes sobre as redes criminosas e como elas funcionam.

Descobriu-se o papel que organizações criminosas, compostas em grande parte por cidadãos de países da região dos Balcãs, desempenham no comércio mundial de cocaína.

A Europol criou o Grupo de Trabalho Operacional do Cartel dos Balcãs para dar uma resposta a esta ameaça. O grupo reúne países da região dos Balcãs, da União Europeia e de todo o mundo para o combate eficaz a essas redes criminosas, sob a liderança de membros com laços estreitos com a região.

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