Lavagem de dinheiro: Deolane já teve carrões apreendidos há 2 anos
A operação fazia parte de uma investigação sobre a empresa Betzord, acusada de operar no segmento de jogos e apostas online
atualizado
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Alvo de mandado de prisão temporária cumprida pela Polícia Civil de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (4/9), Deolane Bezerra já foi alvo de outra operação policial em 2022. Na ocasião, em 14 de julho, a polícia confiscou um Porsche avaliado em cerca de R$ 1 milhão, uma Land Rover Evoque, relógios de luxo, entre outros bens.
A operação fazia parte de uma investigação sobre a empresa Betzord, acusada de operar no segmento de jogos e apostas online, na qual Deolane e o humorista Tirulipa foram citados por terem promovido a empresa.
A Betzord, na verdade é nome fantasia da Primontent (empresa do mesmo segmento), cujo os donos são Lucas Tylty, Matheus Gomes e Rafael Gomes. Segundo levantamentos do Ministério Público de São Paulo, a Betzord “caça” investidores por meio de publicidade na internet com uma modalidade de curso técnico para apostas esportivas.
Para atrair público, ela ainda oferece sete dias grátis para que as pessoas se sintam seguras em comprar o produto com cartão de crédito. Quem assina também ganha um robô pronto para estimular essas apostas 24 horas por dia.
Vários artistas foram bancados pela Betzord em troca de publicidade, outros foram nomeados como embaixadores, como é o caso de Ronaldinho Gaúcho e Deolane Bezerra, mas alguns verificaram que se tratava de uma legítima cilada antes do tempo.
Operação Integration
A investigação, que resultou na operação desta quarta (4), começou em abril de 2023. A suspeita é de a empresaria integra organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), da Polícia Civil de Pernambuco. Cerca de 170 investigadores cumpriram, ainda, 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
A Justiça decretou o sequestro de carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além de bloqueios de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.