Justiça bloqueia R$ 10 mi de PMs suspeitos de vender armas a bandidos
Mais de 300 policiais federais cumprem 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão
atualizado
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A Polícia Federal (PF), em ação integrada com o Ministério Público da Bahia (MPBA), deflagrou, na manhã desta terça-feira (21/5), a Operação Fogo Amigo, para desarticular uma organização criminosa formada por diversos policiais militares do estado e de Pernambuco, colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), além de lojistas.
O grupo era especializado em vender armas e munições ilegais para facções criminosas nos estados da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas. As equipes cumprem 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão nos três estados, contra agentes de segurança pública, CACs, empresários e lojas de armas de fogo, munições e acessórios.
Participam da força-tarefa cerca de 320 policiais federais; grupos táticos das polícias militares da Bahia (PMBA) e de Pernambuco (PMPE), além da Polícia Civil baiana (PCBA); Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Bahia e de Pernambuco; e o Exército Brasileiro.
Ficou determinado, ainda, o sequestro de bens e o bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que vendiam material bélico irregularmente.
Durante a operação, o Exército também fiscalizou lojas que comercializam armas, munições e acessórios controlados, nos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.
A PF informou que continuará as apurações, a fim de descobrir o alcance das atividades da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes dela.