Jurado de morte pelo PCC, Engomadinho do Bitcoin curte a vida em Dubai
Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, teria embolsado R$ 70 milhões dos investidores, alguns deles faccionados do Comando Vermelho e do PCC
atualizado
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Autor de um dos maiores “tombos” da história do mercado financeiro de moedas virtuais, o ex-CEO da plataforma financeira Bybot, que controlava milhares de criptoativos de centenas de investidores espalhados por Brasil, Estados Unidos e Europa, Gustavo de Macedo Diniz, 27 anos, segue desaparecido. O “Engomadinho do Bitcoin” embolsou R$ 70 milhões dos investidores, entre eles membros das facções criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).
A última informação que circulou em grupos no WhatsApp formados por vítimas do estelionatário era que o Engomadinho tinha cruzado meio mundo e desembarcado nos Emirados Árabes. Ele estaria vivendo tranquilamente, torrando a fortuna dos investidores, em Dubai.
O golpista deletou todas as redes sociais, apagou os canais de comunicação e fechou a plataforma para saques, pouco antes de sumir do país. Nenhum dos investidores conseguiu sacar a quantia que estava depositada nas carteiras. Antes assíduo nas redes sociais e sempre gravando lives, o Engomadinho nunca mais postou qualquer conteúdo.
Veja imagens do “Engomadinho do Bitcoin”:
O “Engomadinho”
De lábia afiada, abusando da simpatia e inspirando segurança, o administrador da plataforma costumava gravar vídeos para os seguidores e mostrava que o negócio era “seguro” e totalmente legalizado.
A Bybot operava, principalmente, com a chamada arbitragem de criptoativos. O processo é bastante conhecido no mercado de ações.
Quando um investidor decide trabalhar por esse método, ele começa a negociar ativos por preços baixos e oferecê-los em plataformas que pagam um preço maior. A diferença, então, fica com o investidor.
Fuga rápida
Gustavo Diniz viajava o mundo colhendo frutos do sucesso financeiro proporcionado pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, em São Paulo, o trader se afastou da família – que leva uma vida simples no interior paulista – para adotar uma rotina de ostentação. Antes de apagar as redes sociais, o gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, em estações de esqui ou se bronzeando em praias paradisíacas.
Sem se identificar, um empresário do DF que perdeu 15 mil dólares afirmou que o golpe ocorreu muito rapidamente. “Não sabemos, de fato, o que aconteceu. Estávamos todos aguardando a suposta manutenção e, repentinamente, o Gustavo derrubou o site, apagou o perfil no Instagram e sumiu do Telegram”, disse.
Logo quando a Bybot saiu do ar, Gustavo nunca mais foi visto, nem nas redes sociais e muito menos pessoalmente. Ele teria um braço operacional da plataforma na Tailândia. “A suspeita de muitas pessoas que perderam fortunas e estão no encalço dele é que o destino do golpista tenha sido Bangkok”, disse o empresário.