Quem é o homem que comandava esquema milionário do jogo do bicho no RJ
O bicheiro Marcelo Cupim foi capturado pela Polícia Federal no momento em que deixava a filha em uma escola particular da Barra da Tijuca
atualizado
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Preso nesta quinta-feira (30/11) em operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, o bicheiro Marcelo Mesqueu, mais conhecido como Marcelo Cupim, integrava o pelotão de elite da contravenção no estado. Articulado, ele comandava as operações do jogo na zona norte do Rio.
Marcelo Cupim estava foragido desde a deflagração da Operação Fim da Linha, comandada pelo Gaeco em novembro do ano passado. Ele foi capturado no momento em que deixava a filha em uma escola particular da Barra da Tijuca. O contraventor integrava um esquema que utilizava diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos.
Além disso, o bicheiro corrompia policiais militares e civis e usava a violência para a conquista de território. Durante a investigação, o Gaeco identificou a prática de corrupção sistêmica de batalhões da Polícia Militar no Rio de Janeiro. Na operação desencadeada em novembro do ano passado, quatro oficiais da corporação foram alvo de busca e apreensão.
A prisão
Policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis (GISE), após informações de inteligência do Gaeco, localizaram o bicheiro e efetuaram a prisão. O contraventor foi denunciado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro obtido com a exploração de jogos de azar.
De acordo com o Gaeco, a investigação foi instaurada para apurar crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar após notícia-crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares.
O bicheiro foi levado à Superintendência da PF, na Praça Mauá, para formalidades decorrentes da prisão, e será encaminhado ao sistema prisional.