Imóveis de luxo: saiba quem é o falso corretor que deu golpe em juízes
Alvo de operação da PCDF, Victor Rodrigues de Menezes, 26 anos, usava empresa de fachada para enganar vítimas. Prejuízos chegam a R$ 135 mil
atualizado
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Victor Rodrigues de Menezes (foto em destaque), 26 anos, é o principal alvo da Operação Delusio, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (5/9). Ele é suspeito de liderar quadrilha especializada em aplicar golpes no mercado imobiliário de luxo em Brasília.
As investigações revelaram que Victor se passou por corretor de imóveis de alto padrão da capital federal para enganar diversos juízes recém-empossados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O alvo da operação usava uma empresa de fachada para enganar as vítimas.
Com um modus operandi sofisticado, segundo a PCDF, ele se passava uma imagem de seriedade e confiança às vítimas, além de manter páginas “oficiais” na internet, com uso intenso das mídias sociais para dar ao público uma sensação de que os negócios eram legítimos.
A operação da PCDF revelou que o “corretor” e o cúmplice dele, um homem de 25 anos que não teve a identidade divulgada, aplicaram o golpe em ao menos 23 juízes que estavam à procura de imóveis para alugar durante o Curso de Formação Inicial da Magistratura do Trabalho.
Com uso de um número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) válido, os criminosos ofereciam às vítimas imóveis luxuosos inexistentes e prometiam negócios vantajosos e atraentes aos magistrados. Após os depósitos iniciais dos pagamentos, as supostas residências nunca eram entregues, e os golpistas desapareciam com o dinheiro recebido.
O prejuízo estimado para as vítimas chega a R$ 135 mil. Durante a operação desta manhã, a PCDF cumpriu mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas do Gama (DF) e do Lago Sul (DF). A corporação também pediu o bloqueio de R$ 266 mil dos investigados, para garantir o ressarcimento dos juízes.
Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, passam dos 20 anos de reclusão.
A Operação Delusio recebeu esse nome em referência ao engano e à ilusão criados pelos criminosos. As apurações da força-tarefa começaram em agosto, depois de a Polícia Civil receber diversas denúncias dos juízes prejudicados.