Hungria se manifesta após prisão de youtuber Klebim: “Meu parceiro”
Klebim foi preso em operação desencadeada pela PCDF na 2ª e é suspeito de liderar suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro
atualizado
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O cantor Gustavo Hungria (foto em destaque) se manifestou, na noite desta terça-feira (22/3), sobre a prisão do youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, 27 anos, mais conhecido como Klebim. O influenciador digital, que tem mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais, é suspeito de liderar suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro. Além de amigo pessoal do artista, Klebim é uma das personalidades agenciadas pela Best Produções, mesma produtora de Hungria.
“Muita gente comentando o caso do Klebim. Meu parceiro, meu amigo. Nunca vi atrasando ninguém. Não sou de dar posicionamento na internet, porque a mídia, vocês estão vendo o que estão fazendo aí. Então minha parada é essa: minha relação de amizade, de irmandade não vai morrer. Meu parceiro, tá no peito e já era, a gente sabe que é de verdade”, comentou em vídeo postado em uma rede social.
Hungria disse, ainda, que pessoas as quais antes “aplaudiam” Klebim estão fazendo “comentários maldosos”. “O que me deixa triste é ver essa situação de que várias pessoas que estavam lá lambendo o moleque agora estão com comentários maldosos. Isso aí não é [coisa] de homem não. Só tem moleque na pista”, diz.
“Quem vive para aplaudir a queda de alguém, nunca vai contemplar a própria grandeza. Vai viver nisso para sempre”, completou.
Ferrari, Lamborghini e BMW Z4: veja carrões apreendidos de influencer
Confira o vídeo na íntegra do cantor Hungria:
➡️ Hungria se manifesta após prisão de youtuber Klebim: “Meu parceiro”
Klebim foi preso em operação desencadeada pela PCDF na 2ª e é suspeito de liderar suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro.
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— Metrópoles (@Metropoles) March 23, 2022
Entenda
As apurações da Operação Huracán apontaram que o influenciador digital Klebim utilizaria seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo, com sofisticados sistemas de som e customização. O youtuber e outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Outro alvo da operação foi Eduardo Bastos de Assis, conhecido como Eduardo Best, produtor de Hungria, e também de Klebim. A celebridade coleciona 347 mil seguidores no Instagram e ostenta uma Ferrari 458 Spider, avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões. O veículo de luxo também foi apreendido na manhã de segunda. De acordo as apurações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), o esportivo estaria em nome do influenciador.
Lavagem de dinheiro
De acordo com as investigações, os sorteios não são autorizados pelos órgãos competentes, e o youtuber não recolhe impostos. Klebim, segundo a polícia, lava o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, que são registrados em nome de laranjas – incluindo a mãe do influenciador – e empresas de fachada.
Além de Klebim, foram presos, acusados de integrar o esquema criminoso, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Todos teriam ajudado a movimentar as rifas clandestinas e auxiliado na entrega dos veículos, por isso recebiam comissões em dinheiro pagas pelo influenciador digital.
A DRF identificou que o esquema era altamente lucrativo e apurou que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos. Para se ter ideia do poder de compra de Klebim, a polícia apreendeu uma Lamborghini Huracán e uma Ferrari 458 Spider. Os superesportivos são avaliados em R$ 3 milhões cada.
Confira fotos da operação:
Rifa clandestina
A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos ou seja total ou parcialmente direcionado para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.
A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. De acordo com o órgão, “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”.
Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor.