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Homofobia: último foragido de esfaquear jovem 22 vezes é preso

Vítima de homofobia, rapaz foi esfaqueado 22 vezes em Brazlândia. Crime ocorreu em 2019, mas último foragido foi preso nesta quinta (13)

atualizado

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1 de 1 faca - Foto: ISTOCK

Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prenderam o último foragido de tentar matar o estudante de odontologia Felipe Augusto Correia Milanez. Vítima de homofobia, o rapaz foi esfaqueado 22 vezes na Rua do Lago, em Brazlândia. O crime ocorreu em 2019.

Os investigadores identificaram sete envolvidos no crime, sendo quatro menores de idade. Entre os maiores, o primeiro foi preso em novembro de 2019 e o segundo, capturado no Piauí em novembro de 2020. Os policiais prenderam o último nesta quinta-feira (13/1) no Jardim Botânico. Agentes da 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, realizaram a prisão.

Quanto aos menores de idade, as investigações foram realizadas pela Delegacia da Criança e Adolescente II, de Taguatinga. Todos os suspeitos tiveram suas prisões preventivas decretadas.

De acordo com as investigações, a tentativa de homicídio ocorreu por motivo torpe e com caráter homofóbico. Além da vítima pertencer ao grupo LGBTQIA+, a desproporção das agressões e as ofensas baseadas na orientação sexual do estudante fundamentaram a conclusão.

O inquérito foi encaminhado à Justiça com indiciamento dos maiores por tentativa de homicídio qualificado por homofobia e impossibilidade de defesa da vítima. Além disso, eles também responderão pelo crime de corrupção de menores, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

Relembre o caso

O crime ocorreu na madrugada de 7 de outubro de 2019. A vítima havia deixado uma festa beneficente organizada por ela em uma área rural da região administrativa. Os suspeitos o perseguiram e o atingiram com golpes na cabeça, no peito, nas costas e nos braços. Segundo a PCDF, o rapaz foi atacado por um grupo de 14 pessoas.

“No dia anterior ao ataque, o grupo de amigos da vítima e o grupo de agressores encontraram-se no mesmo lugar, ponto de encontro muito frequentado na cidade, havendo um estranhamento entre os grupos por causa de uma briga entre dois cachorros que estavam com os agressores”, divulgou a polícia.

De acordo com a mãe do estudante, os criminosos atacaram em bando quando o filho deixava o evento e retornava para casa. “Antes de receber tantas facadas, a última coisa que ele conseguiu ouvir dos bandidos é que iria morrer por ser homossexual”, disse.

Segundo a mulher, a primeira facada foi na cabeça. Após cair, ele acabou golpeado outras 21 vezes. “A sorte foi que um casal de amigas dele estava próximo, e uma delas correu e o abraçou para que parassem de esfaqueá-lo”, contou. Após as agressões, o rapaz foi internado no Hospital Regional de Brazlândia (HRB).

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