Homem que estuprava prometendo “vida melhor” é condenado a 104 anos
Os réus chegaram a destruir sofás e cadeiras que ficavam no local onde os abusos eram cometidos para atrapalhar as investigações
atualizado
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Um homem e uma mulher que, sob o pretexto de prestar “atendimento espiritual” em Salesópolis (SP), cometeram uma série de crimes, inclusive de natureza sexual, foram condenados em dezembro, respectivamente, a 104 e 44 anos de prisão em regime fechado.
Segundo denúncia do promotor do MP paulista Adolfo Sakamoto Lopes, o casal cometeu delitos como estupro, violação sexual mediante fraude, curandeirismo e fraude processual.
Os acusados mantêm um relacionamento e cobravam pagamentos em troca da cura para diversas doenças. Os valores repassados pelos frequentadores variavam de R$ 10 a R$ 1,5 mil.
Ao final dos trabalhos, no horário noturno, era comum que o homem, sempre na companhia da mulher, selecionasse adolescentes ou jovens do sexo feminino para permanecer no espaço.
As vítimas tiveram as roupas retiradas à força e foram obrigadas a manter relações íntimas com o réu. Em vários casos, os criminosos afirmavam que as práticas eram necessárias para a conquista de uma vida melhor.
Em janeiro de 2024, suspeitando de que as vítimas teriam comparecido a um distrito policial para noticiar os delitos, os réus destruíram sofás e cadeiras que ficavam no local onde os abusos eram cometidos. A finalidade era atrapalhar a futura investigação.
Camisetas vendidas pelo casal foram queimadas para ocultar o vínculo com a atividade criminosa de curandeiros e também influenciar futuras decisões judiciais.