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Homem que ameaçou moradores no DF após cão matar yorkshire é diplomata

Caso segue em investigação, e o tutor do cachorro poderá responder por omissão de cautela de animal perigoso e lesão corporal culposa

atualizado

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Diplomata com cachorros - Metrópoles
1 de 1 Diplomata com cachorros - Metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

O tutor do cão galgo-africano que matou um yorkshire na 204 Sul, na manhã de terça-feira (19/7), é o diplomata do Itamaraty João Carlos de Oliveira Morégola. Segundo vizinhos do servidor, ele sempre andava com o cachorro pela quadra, sem qualquer incidente. No dia do ocorrido, porém, por volta das 10h30, o passeio foi interrompido quando o galgo teria partido para cima do cachorro de pequeno porte. O diplomata teria soltado a guia do animal, segundo testemunhas. O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Veja fotos do diplomata com o cachorro: 

 

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Nas redes sociais, o diplomata divulgou fotos com o cachorro
O cachorro continua sob os cuidados do tutor após o episódio
A Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso
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Diplomata do Itamaraty é o tutor do cachorro que matou um yorkshire na Asa Sul

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Nas redes sociais, o diplomata divulgou fotos com o cachorro

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O cachorro continua sob os cuidados do tutor após o episódio

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A Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso

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O tutor do yorkshire ainda tentou salvar o cachorrinho. Se jogou no chão e teve a mão mordida. A violência da mordedura quebrou e arrancou o pedaço de um dos dedos do senhor. Outras pessoas, que presenciaram o ataque, tentaram socorrer o yorkshire, mas também não tiveram sucesso. Conforme o relato de testemunhas, o tutor do galgo teria ficado parado, apenas observando a fúria do cão, sem tomar qualquer providência. O diplomata teria inclusive enviado “beijinhos” para uma das testemunhas.

Gritos de socorro

Em meio à confusão generalizada que se formou, João Carlos teria desferido um chute contra a barriga de uma mulher. Revoltadas, outras pessoas teriam agredido o diplomata, física e verbalmente.

Antes do ataque, João passeava com o galgo e outro cachorro. O Metrópoles apurou que o diplomata disse à policia que os cães estavam com guias e só reagem se provocados. Sobre isso, o tutor do cão de grande porte teria dito animais pequenos têm o hábito de provocar os maiores. João Carlos também teria dito que ficou surpreso quando se deu conta do ataque.

O Metrópoles tentou contato com o diplomata para que ele apresentasse sua versão do episódio, mas até a última atualização deste texto, o homem não havia se pronunciado. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Veja momentos de desespero da agressão (imagens fortes):

 

Homem atacou moradores

Momentos após o trágico incidente, o tutor do galgo-africano voltou armado com uma faca para baixo do bloco. O homem precisou ser contido pelo vigilante do prédio com a ajuda de um outro morador.

A movimentação foi gravada por outras pessoas que passavam pela quadra. Um vídeo mostra o momento em que o tutor do cachorro e o vigilante se seguram, quando outra pessoa chega por trás do dono do animal e o imobiliza com um golpe “mata-leão”. É possível ouvir alguém gritando: “Tira essa faca”.

A investigação deste caso é conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O tutor do galgo pode responder por omissão de cautela de animal perigoso e lesão corporal culposa, caso os policiais encontrem elementos que comprovem descuido por parte do suspeito.

Confusão no Itamaraty

Esta não foi a primeira vez que o diplomata se envolveu em uma confusão. No mês passado, Morégola teve o e-mail institucional bloqueado após enviar mensagens atacando colegas e o próprio Itamaraty. Mesmo assim, seguiu distribuindo xingamentos e acusações a membros da instituição por meio do WhatsApp, segundo revelou a coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

Morégola ocupa o posto de conselheiro na hierarquia do Itamaraty, uma das posições mais elevadas na estrutura funcional da diplomacia nacional.

Para além de se referir a colegas usando expressões como “bicha”, “viado”, “mulher barbada”, “gordo escroto”, “cretino”, “filhos da p.” e “canalhas”, Morégola fala em enriquecimento ilícito de embaixadores, menciona um suposto caso de funcionários africanos trabalhando para funcionários de uma embaixada brasileira em regime análogo à escravidão e diz que um diplomata que dá expediente alcoolizado “sentou em cima” de denúncias feitas por ele.

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