Homem ligado à morte de Danyanne conversou com irmão dela após o crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu dois homens suspeitos no envolvimento na morte. A motivação do crime seria financeira
atualizado
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A frieza que cerca o desaparecimento e execução da técnica de enfermagem Danyanne da Cunha Januário da Silva, 35 anos, implantou falsas informações entre os familiares da vítima. Segundo apurado pelo Metrópoles, um dos suspeitos do crime manteve contato com o irmão da vítima, quando informou que teria ido ao local combinado com a profissional de saúde, na noite de 27 de julho, mas o encontro não se consumou por “ela não ter comparecido”.
O familiar reforçou a cobrança sobre o paradeiro da irmã, no entanto, o suspeito reiterou que esteve no local combinado e que a técnica de enfermagem não teria aparecido. O corpo dela foi encontrado nesta quarta-feira (3/8), às 3h40, em uma área de matagal no Incra 8, próximo à pousada Paraíso do Angicos, Setor Norte, Brazlândia, conforme revelado pela coluna.
No dia do desaparecimento, a vítima encontrou-se com o suspeito para receber parte da dívida. Um terceiro investigado, ainda não identificado, teria se aproximado com uma arma em punho e simulado um assalto. A vítima foi conduzida ao Incra e executada.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu dois homens. A motivação do crime seria financeira. De acordo com investigadores da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), a profissional de saúde foi executada à queima-roupa com um tiro na cabeça.
O advogado criminalista Sérgio dos Anjos representa o principal suspeito do assassinado de Danyanne. “Ele nega tudo veementemente”, assinalou.
Segundo o criminalista, o cliente possuiria um álibi para contestar a versão apresentada pela PCDF. No entanto, o defensor não apresentou qual seria, alegando que ainda não teve acesso ao processo.
Veja o momento da prisão de um dos suspeitos:
O principal suspeito é um chapeiro que trabalhava com a vítima, subsidiando outros empréstimos — ele é um dos presos. Um deles chama-se Ramon Santos Xavier. Mesmo trabalhando como chapeiro, o homem disse aos agentes da 29ª DP que chegava a faturar R$ 30 mil com a agiotagem. Dayanne cobrava 10% dele e, em seguida, o comparsa emprestava para terceiros cobrando 20%.
De acordo com a apuração policial, a corrente de empréstimos rompeu-se, e ele deixou de receber de várias pessoas. Danyanne saiu de casa, no Riacho Fundo, para cobrá-lo, às 22h27 de quarta-feira (27/7), e acabou morta.
Sumiço
Mãe de dois filhos — de 11 e 13 anos —, Danyanne havia sido vista pela última vez ao sair de casa para encontrar um conhecido em frente à loja Madeireira Forte Lar, na Quadra 1 do Riacho Fundo 1.
“Ela emprestou dinheiro para um conhecido. Ele falou para os dois se encontrarem perto de um casa de construção para pagar. Ela chegou lá e, depois disso, sumiu”, contou à reportagem a irmã de Danyanne, a empresária Dallas Brasil, 44.
Na segunda-feira (1º/8), a polícia recebeu informações de que o carro da técnica de enfermagem passou pela BR-040 à 0h27 de quinta-feira (28/7). Tratava-se do Hyundai ix35 preto, placa JHW-3899.
O veículo seguia sentido Valparaíso, mas não era possível saber se a profissional de saúde dirigia o automóvel. O carro também havia sido visto circulando em Planaltina e em Luziânia (GO). Até a última atualização desta reportagem o veículo não havia sido encontrado.