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Hackers que desviaram R$ 1 milhão de banco são condenados a 326 anos

A condenação é a maior já alcançada por uma investigação conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da PCDF

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Hacker ataque - Ataques na internet, hackers, rede de sistemas, violações de dados sigilosos, documentos expostos, ciberataque11
1 de 1 Hacker ataque - Ataques na internet, hackers, rede de sistemas, violações de dados sigilosos, documentos expostos, ciberataque11 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Preso, denunciado e julgado, um grupo de hackers que desviou cerca de R$ 1 milhão de contas bancárias de correntistas ao redor do país foi condenado a uma pena recorde que, somada, chega a 326 anos de reclusão. A condenação é a maior já alcançada por uma investigação conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal.

Apenas o líder da organização criminosa foi condenado a 62 anos de prisão. Ao todo, 16 réus terão de cumprir pena. A operação que resultou na prisão da organização criminosa foi deflagrada em 6 de fevereiro de 2020. A ação investiga criminosos responsáveis por coordenar um esquema interestadual de subtração de valores depositados em contas bancárias de, ao menos, 40 vítimas no Distrito Federal e outras dezenas em diversos estados.

Os policiais cumpriram 50 mandados judiciais no Distrito Federal, Ceará, na Paraíba, Bahia, em São Paulo e Santa Catarina. Toda a investigação foi realizada em conjunto com os promotores de Justiça do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Veja imagens da operação:

Crime pela Internet

A delegacia especializada teve conhecimento do crime quando a quadrilha subtraiu R$ 4 mil depositados em uma conta bancária de um morador do Distrito Federal. O crime foi realizado por meio da internet. Após prender dois indivíduos diretamente ligados à receptação do valor, a equipe de investigação da DRCC identificou os outros criminosos responsáveis por coordenar a quadrilha interestadual.

Os furtos de valores depositados em contas bancárias eram realizadoscom a seguinte divisão de tarefas: líderes, pessoas com conhecimento em informática, encarregados de recrutar “beneficiários”, laranjas que emprestavam as próprias contas para receber os valores subtraídos, responsáveis por auxiliar no processo de lavagem de dinheiro.

De acordo com a DRCC, para realizar os crimes, os investigados ligavam para as vítimas utilizando um recurso tecnológico que fazia aparecer no identificador de chamada o número do telefone oficial de um banco tradicional do DF. Durante a chamada, os bandidos se passavam por funcionários e questionavam as vítimas sobre transações bancárias suspeitas.

Iludidos pela forma como se davam as ligações, os clientes acabavam digitando os números das contas e as senhas no teclado de seus telefones. Os dados eram capturados pelos criminosos. Em seguida, as vítimas eram orientadas a irem até um caixa eletrônico para gerar um QR Code, que deveria ser enviado para os criminosos por meio do aplicativo WhatsApp. De posse desses dados, os bandidos baixavam e instalavam um aplicativo do banco em seus telefones e realizavam uma série de saques e transferências.

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