Grupos que movimentaram R$ 2 bi com tráfico internacional são alvo de ação da PF. Vídeo
Os grupos utilizavam empresas de fachada para a abertura de contas usadas na movimentação dos valores ilícitos
atualizado
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A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quarta-feira (12/7), 11 mandados de prisão preventiva nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contra dois grupos criminosos que movimentaram mais de R$ 2 bilhões com lavagem de dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas e de outras práticas ilegais, nos últimos seis anos.
Mais de 80 policiais federais cumprem, ainda, 29 mandados de busca e apreensão. Em adição aos mandados acima, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foi determinado o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, de interpostas pessoas e empresas de fachada utilizadas pelos grupos para ocultação de patrimônio ilícito.
Ao todo, foi determinado pela Justiça o bloqueio de aproximadamente R$ 250 milhões, além de bens móveis e imóveis.
A investigação da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE-RJ) é desdobramento das operações Tamoios e Brutium, deflagradas no Rio de Janeiro em 2021 e 2022, respectivamente. Ambas buscaram reprimir a prática de tráfico internacional de cocaína por via marítima do Brasil para a Europa.
As apurações constataram que dois grupos criminosos, com formas de atuação semelhantes e comandados por estrangeiros, prestavam aos investigados por tráfico de drogas suporte financeiro por meio da lavagem de capitais.
Uma casa de câmbio no Rio de Janeiro foi identificada como responsável pela conversão de valores provenientes de outros países para o pagamento de traficantes no Brasil.
Verificou-se que a atuação dos suspeitos se baseava na criação de empresas de fachada em nome de laranjas, que eram utilizadas para a abertura de contas usadas na movimentação dos valores ilícitos.
Ao todo, mais de 20 empresas criadas com essa finalidade foram identificadas. A investigação também apontou a realização de transações financeiras e negociações envolvendo o Brasil e países da Europa, América do Norte e América do Sul.
Além de transações injustificáveis por intermédio de empresas inexistentes, a Polícia Federal também identificou que os grupos criminosos forneciam o serviço de lavagem de capitais por meio de criptoativos.
Alguns alvos da operação ostentavam vida de luxo e residiam em imóveis de alto padrão, além de possuírem veículos importados de elevado valor, bem como realizavam viagens internacionais de maneira constante.
Os fatos investigados abrangem os crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de capitais, cujas penas, se somadas, podem alcançar 30 anos de prisão.