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“Graves e inaceitáveis”, diz ministro da Justiça sobre ataques em Brasília

Ministro Anderson Torres defendeu sua gestão à frente da pasta e afirmou que tem sido atuante na área que lhe compete

atualizado

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PF Anderson Torres
1 de 1 PF Anderson Torres - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em entrevista exclusiva à coluna Na Mira, nesta quarta-feira (28/12), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, condenou os ataques ocorridos na capital federal nos últimos dias. A população do DF vivenciou momentos de terror, como a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, com depredação de carros, ônibus e até mesmo delegacia – além da bomba encontrada próximo ao Aeroporto de Brasília. Em ambos os casos, os autores se identificaram como apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual Torres é aliado.

Há dois anos à frente do ministério, o chefe da pasta defendeu a atual gestão e afirmou que tem sido atuante na área que lhe compete. “O ministério, em momento algum, deixou de agir diante dos acontecimentos, que são graves e inaceitáveis. Nenhum tipo de crime é aceitável, sobretudo os que colocam a vida das pessoas em risco, com bombas e danos ao patrimônio”, disse.

Torres também alegou que medidas foram tomadas no âmbito do governo federal.

“A tentativa de invasão à sede da PF é um caso conduzido em parceria com as autoridades locais. O MJSP está atuando em razão dos crimes de interesse da União. O que aconteceu na sequência, porém, é um problema de segurança pública local. Foi instaurado inquérito na Polícia Federal e tenho certeza que, na hora certa, a sociedade receberá uma resposta à altura”, assegurou.

Ataque

Em uma noite de destruição, bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, área central de Brasília. Na noite de 12 de dezembro, com integrantes vestidos com camiseta da Seleção Brasileira, o grupo danificou e queimou dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação. Pelo menos cinco veículos foram incendiados.

Alguns participantes do ato antidemocrático justificaram a ação, alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”. 

Eles se referem à prisão do Cacique Tserere. Segundo a PF, a detenção do indígena, decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), atende aos “termos da legislação”. Após a prisão, bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF para resgatar o companheiro.

Rechaçados pelos policiais, os vândalos danificaram e incendiaram os veículos e depredaram a 5ª Delegacia de Polícia.

A Polícia Militar do DF (PMDF) chegou a intervir e usou spray de pimenta contra os manifestantes. Apesar do cenário de guerra e de todo vandalismo flagrado por militares da corporação, ninguém foi preso.

Veja fotos de como ficou Brasília durante e após os ataques:

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Botijões de gás espalhados em pista
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ateiam fogo em diversos carros pela capital federal
Ao menos cinco ônibus foram queimados
Os manifestantes também tentaram bloquear a via W3 Norte, ateando fogo em cones
A força de segurança foi reforçada no hotel Meliá 21, local em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado
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Manifestantes atearam fogo em carro em posto de gasolina próximo à sede da PF

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Botijões de gás espalhados em pista

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ateiam fogo em diversos carros pela capital federal

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Ao menos cinco ônibus foram queimados

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Os manifestantes também tentaram bloquear a via W3 Norte, ateando fogo em cones

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A força de segurança foi reforçada no hotel Meliá 21, local em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado

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Manifestantes atearam fogo em carros na área central de Brasília

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Letreiro de ônibus

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Manifestantes atearam fogo em carros na área central de Brasília

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Vidro quebrado em loja de shopping

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Clientes dentro de shopping aguardam diminuição da movimentação próximo à sede da PF

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Manifestantes atearam fogo em carros na área central de Brasília

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