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Golpistas tinham apoio de militares com táticas de forças especiais

Os militares divulgavam notícias falsas quanto a lisura das eleições. O objetivo era estimular seguidores a ficarem acampados em quartéis

atualizado

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Soldados em frente a quartel do Exército observam pessoa de verde e amarelo
1 de 1 Soldados em frente a quartel do Exército observam pessoa de verde e amarelo - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (8/2), bolsonaristas que organizavam uma tentativa de golpe de Estado tinham apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais para atuar à época das eleições presidenciais, em 2022.

Dos investigados pela PF nesta ação, ao menos 16 são militares.

Investigações apontam que o grupo se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas urnas, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

Os militares divulgavam notícias falsas quanto a lisura das eleições de 2022. O objetivo era estimular seguidores a ficarem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas. Plano final seria criar o ambiente propício para o golpe de Estado.

Eles incitavam outros militares a aderirem ao Golpe de Estado, diretamente ou por meio de influenciadores nas redes sociais. Havia, ainda, apoio à ações golpistas, reuniões e planejamentos de ações para manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais.

Os alvos da ação da PF são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre eles, estão o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; além dos ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça).

Foram presos Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL. De acordo com fontes da PF, Martins foi preso em Ponta Grossa (PR).

Tempus Veritatis

Ao todo, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

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Acusado de envolvimento na Abin paralela disse ter "linha direta"com Jair Bolsonaro
General Braga Netto foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (8/2), pela PF
Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, foi preso no âmbito da operação Tempus Veritatis
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, também foi alvo da PF por suposto plano de golpe de Estado
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Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL)

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Acusado de envolvimento na Abin paralela disse ter "linha direta"com Jair Bolsonaro

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General Braga Netto foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (8/2), pela PF

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Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, foi preso no âmbito da operação Tempus Veritatis

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General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, também foi alvo da PF por suposto plano de golpe de Estado

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Viaturas da PF e da Polícia do Exército foram vistas às 6h30 na porta das residências de oficiais do Exército em Goiânia.

Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Atuação nas eleições

Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.

Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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