Um grupo especializado em realizar falsos leilões online foi alvo da Operação Almoeda, deflagrada na manhã desta terça-feira (19/9) pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf).

Os criminosos fizeram vítimas em todo o país e estima-se que o prejuízo, apenas no Distrito Federla, seja de ao menos R$ 3 milhões. Mais de 200 ocorrências já foram registradas contra a quadrilha na capital federal.

A ação teve apoio do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PCDF) e de policiais da Polícia Civil de São Paulo.

Segundo as investigações, os criminosos criavam páginas falsas na internet com o objetivo de simular operações fraudulentas de leilão de veículos, induzindo as vítimas a realizar lances e depósitos em contas bancárias dos supostos “leiloeiros”.

As páginas fraudulentas eram impulsionadas em plataformas digitais para que as aplicações ganhassem destaque em relação aos sites oficiais dedicados à atividade de leilão.

Visando dar maior credibilidade, os investigados alegavam que o procedimento era homologado por tribunais de Justiça, fazendo, inclusive utilizando indevidamente símbolos e marcas de diversos órgãos do Poder Judiciário.

Com uso de modernas ferramentas de investigação, foi possível identificar os administradores do site e demonstrar que o grupo criminoso tem relação com outros 10 sites fraudulentos de leilão online em diversos estados, como Paraná, São Paulo, Santa Catarina, entre outros.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na cidade de Santo André (SP). Durante as buscas, os investigadores apreenderam dispositivos eletrônicos e documentos diversos.

A Justiça também autorizou procedimentos de take down (derrubada) e take over (pegar o controle) do site investigado, visando evitar que novas vítimas acessem a aplicação e sofram prejuízo.

Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

• Dicas de prevenção:

1. Comparecer na sede da empresa de leilão;
2. Verificar o veículo;
3. Pesquisar nos sites de reclamação de existe qualquer suspeita de golpe;
4. Desconfiar de links patrocinados;
5. Verificar se o site é hospedado no Brasil (em geral terminal em .com.br e não em com/br);
6. Certificar que os telefones e e-mails são realmente da empresa;
7. Não efetuar pagamentos em contas de pessoas físicas sem antes verificar se não realmente vinculadas às empresas;
8. Não efetuar o pagamento através de boletos bancários.