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Golpistas alugavam contas de banco para transferir dinheiro de vítimas

Contas bancárias eram alugadas para quadrilha especializada no golpe da falsa central de segurança de banco que transferia dinheiro desviado

atualizado

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Operação Mão Fantasma
1 de 1 Operação Mão Fantasma - Foto: Divulgação/PCDF

Investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no âmbito da operação Mão Fantasma 1, revelaram a existência de uma esquema de aluguel de contas bancárias. Elas eram o canal primário de recebimento do dinheiro desviado de uma quadrilha especializada no golpe da falsa central de segurança de banco.

Foram mapeados “market places” em famosas redes sociais em que a compra/venda de contas bancárias virou uma atividade normalizada. É possível comprar no atacado contas correntes da maioria dos bancos, em especial dos digitais, por valores que variam entre R$ 300 e R$ 500.

Aqueles que vendem contas bancárias pessoais para terceiros podem ser responsabilizados por lavagem de dinheiro e  fraude eletrônica, com pena de quatro a oito anos de prisão, segundo a PCDF.

Com o material apreendido e a partir das informações colhidas com os presos, a PCDF pretende avançar na investigação, focando na identificação dos líderes desses “marketplaces” de contas e na identificação de empresas clandestinas de telefonia que permitem a modificação das binas.

“As novas tecnologias alteraram a sociedade para sempre. Jamais retornaremos ao tempo de sossego e possibilidade de desatenção com a segurança cibernética”, disse o delegado Erick Sallum, da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte).

“A polícia faz seu papel repressivo, mas a população deve redobrar os cuidados com seus relacionamentos e ações nos ambientes digitais. A ampla disponibilidade de mecanismos de IA irá potencializar ainda mais as capacidades dos golpistas”, alertou.

Operação Mão Fantasma 1

Policiais civis da 9ª DP cumprem, na manhã desta quarta-feira (12/6), oito mandados de prisão e quatro de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada no golpe da falsa central de segurança de banco. A ação acontece no Novo Gama, em Ceilândia e Planaltina.

De acordo com a PCDF os criminosos compravam na darkweb planilhas contento dados cadastrais de milhões de pessoas – como número de celular, endereço residencial, conta bancária e detalhes do perfil socioeconômico.

Com base nessas informações, os criminosos selecionavam as vítimas de maior poder aquisitivo, preferencialmente idosas, e entravam em contato por telefone passando-se pela central de segurança – inclusive simulando na bina o verdadeiro número do banco.

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oliciais civis cumprem oito mandados de prisão e quatro de busca e apreensão no Novo Gama, em Ceilândia e Planaltina
De acordo com a PCDF, os criminosos compravam na darkweb planilhas contento dados cadastrais de milhões de pessoas
Os criminosos se aproveitavam da menor familiaridade das vítimas com as novas tecnologias e induziam as pessoas ao erro afirmando que teriam sido detectadas transações fraudulentas nas contas
Uma das vítimas, moradora do Lago-Norte, teve todas suas reservas debitadas, resultando em um prejuízo de R$ 107 mil
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PCDF faz operação contra golpe da falsa central de segurança de banco

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Os criminosos se aproveitavam da menor familiaridade das vítimas com as novas tecnologias e induziam as pessoas ao erro afirmando que teriam sido detectadas transações fraudulentas nas contas

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Uma das vítimas, moradora do Lago-Norte, teve todas suas reservas debitadas, resultando em um prejuízo de R$ 107 mil

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Os criminosos se aproveitavam da menor familiaridade das vítimas com as novas tecnologias e induziam as pessoas ao erro afirmando que teriam sido detectadas transações fraudulentas nas contas.

Eles conseguiam convencer as vítimas a entregar seus cartões e celulares a um “intermediário do banco” que iria até a casa da vítima pegar o material para “perícia”. De posse dos cartões e celulares das vítimas, os criminosos faziam saques, transferências e empréstimos fraudulentos.

As transferências e os saques eram efetivados rapidamente em caixas eletrônicos de agências no Entorno do DF. A investigação conseguiu obter as imagens de diversos desses saques, revelando a dinâmica dos crimes e sua autoria.

Prejuízo de mais de R$ 100 mil

Uma das vítimas, moradora do Lago-Norte, teve todas suas reservas debitadas, resultando em um prejuízo de R$ 107 mil.

“Nesse tipo de golpe, geralmente os bancos se negam a fazer o estorno dos valores, pois as vítimas entregaram os cartões aos criminosos. Assim, temos pessoas idosas enganadas tendo, já no final da vida, que suportar prejuízos e dívidas impagáveis”, disse o delegado.

Além dos mandados judiciais, os policiais solicitaram à Justiça o bloqueio de 10 contas bancárias.

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