Golpista do Pix confessa que sequestrou 40 vítimas e lucrou R$ 500 mil
O grupo atraía homens gays para encontros amorosos e aplicava golpes. Os autores agiam no Distrito Federal e Entorno
atualizado
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Preso por aplicar golpes em homossexuais, um jovem de 26 anos confessou à polícia que fez 40 vítimas em 10 meses. O crime rendeu cerca de R$ 500 mil, valor empregado na compra de um apartamento e até mesmo em cirurgias para a sogra do suspeito. O autor, que não teve o nome divulgado, foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta terça-feira (3/5).
A associação criminosa, formada por sete integrantes, era especializada no “sequestro do Pix”. O grupo atraía homens gays para encontros amorosos e aplicava golpes. Os autores agiam no Distrito Federal e Entorno.
PCDF prende grupo que atraía homens gays para aplicar sequestro do Pix
Os golpistas marcavam encontros pelo aplicativo e atraíam as vítimas para residências localizadas em Santa Maria e no Novo Gama (GO). No local, o líder da associação imobilizava os homens utilizando arma e faca, com a ajuda da namorada de um dos envolvidos.
Em vídeo gravado pelos próprios sequestradores, é possível ver uma vítima deitada com os braços e as pernas amarradas. Imobilizados, os homens eram obrigados a fazerem transferências via Pix para os criminosos.
Veja vídeo:
O delegado Leandro Ritt, diretor da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), explicou que o golpista agia com violência, usando simulacro de arma de fogo e facas. “As vítimas eram atraídas para casas no Entorno do DF. Acabavam amarradas e coagidas a fazer transferências e informar senhas de cartões. Logo após, eram liberadas e orientadas a mentir sobre os fatos à polícia. Algumas ficavam tão constrangidas que não registravam ocorrência”, detalhou.
“No decorrer dos meses, as ações foram ficando mais refinadas e novos integrantes entraram no esquema. Tinha o receptador de iPhones, de veículos, os que ajudavam nas abordagens e até mesmo a filha do dono de uma imobiliária, que fornecia residências para serem usadas como cativeiro”, completou o investigador.
No celular dos criminosos, os policiais encontraram diversas trocas de mensagens com possíveis vítimas.
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