Golpe do bufê: empresária paga caro por festa com marmitex de farofa
De acordo com ocorrências policiais registradas na PCDF, as vítimas costumam levar calote após pagarem via Pix, valores acima de R$ 2 mil
atualizado
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Uma mulher que se apresenta nas redes sociais como “personal chef” é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por aplicar golpes em clientes que encomendam bufês para festas de aniversários, casamentos e ceias sofisticadas. De acordo com ocorrências policiais registradas, as vítimas costumam levar calote após pagarem, via Pix, valores acima de R$ 2 mil. Uma das pessoas que levou o calote chegou a receber uma marmitex de farofa.
A coluna conversou com uma das vítimas, que tenta reaver o dinheiro investido desde dezembro do ano passado. Segundo a empresária Dália Ferreira, o sonho de oferecer um jantar de gala a toda família se tornou um pesadelo após contratar os serviços da “personal chef” Fabyenny Ludymilla Gomes de Deus, 32 anos. “Fiz essa contratação em dezembro ano passado para proporcionar uma ceia de final de ano para minha família”, disse.
Dália relatou que já havia contratado o bufê de Fabyenny anteriormente e que não havia tido qualquer problema. “Por isso, fiz o pagamento de pouco mais de R$ 2 mil. Um dia antes, ela ligou dizendo que não poderia entregar a comida, pois havia ficado doente. Depois, mandou entregar umas marmitas com farofa instantânea e pudim de padaria”, desabafou.
Escute relato da empresária que pagou caro por ceia e recebeu marmitex de farofa:
Mais vítimas
Outra vítima da personal chef contratou todo o serviço para uma festa infantil e desembolsou R$ 2,3 mil, também com pagamento via Pix. Faltando pouco menos de 24 horas antes da comemoração, a vítima recebeu uma ligação de Fabyenny dando mesma desculpa de que estaria doente e não teria como realizar a festa.
Desesperada, Ketlen Dias afirmou que não tinha dinheiro nem tempo para contratar um novo bufê. Ao ser procurada com insistência, a mulher acabou devolvendo apenas R$ 500 dos mais de R$ 2 mil.
Segundo as vítimas, todo o dinheiro costuma cair na conta de um homem que seria cunhado de Fabyenne. A descrição do CNPJ da empresa da personal chef também não tem qualquer ligação com o ramo de festas, e sim especializada na venda de artigos de vestuário, acessórios, cosméticos, calçados e joalheria.
A coluna tentou entrar em contato como Fabyenny por meio de um um número de telefone que estava desligado. O espaço permanece aberto para manifestações.