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Golpe do aluguel: grupo que cometeu mais de 100 crimes no DF é alvo de operação. Vídeo

PCDF deflagrou operação contra suspeitos de “golpe do aluguel” e cumpriu oito mandados de prisão. Grupo lucrou ao menos R$ 160 mil

atualizado

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Aluguel
1 de 1 Aluguel - Foto: Istock

Um grupo suspeito de cometer ao menos 110 crimes no Distrito Federal é alvo de operação da Polícia Civil nesta terça-feira (4/7). Os suspeitos aplicavam o chamado “golpe do aluguel”, que rendeu ao menos R$ 160 mil de lucro ao bando.

A operação foi deflagrada pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), que cumpre oito mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão contra a associação criminosa especializada no golpe. As investigações mostram que o bando atua, pelo menos, desde dezembro de 2011.

O golpe era realizado sempre com o mesmo modus operandi. Os suspeitos estudavam anúncios de aluguéis verdadeiros, descobriam onde o proprietário deixava as chaves para visita e como esta deveria ser realizada. Em seguida, colocavam o anúncio com os números de contato deles.

Veja imagens da operação:

Quando as vítimas ligavam para o número, os golpistas se passavam pelos proprietários, explicavam como os interessados podiam pegar a chave para a visita e, quando havia interesse pelo imóvel, produziam documentos falsos. O suposto contrato de aluguel era assinado e exigido um valor de pagamento pela caução.

A polícia ainda descobriu que o grupo cooptava terceiros interessados em emprestar as contas para o golpe ou abria contas bancárias em nome de outras pessoas, sem o conhecimento delas. O pagamento era realizado nas contas indicadas e, em seguida, transferido para as contas de integrantes do grupo criminoso.

Os alvos da operação deflagrada nesta terça são oito homens, com idades entre 19 e 35 anos, moradores das cidades de Samambaia, Paranoá e Ceilândia. Os investigados são pessoas que emprestaram as contas para o recebimento dos pagamentos das cauções das vítimas, pessoas que receberam as transferências dos valores depositados, que cooptaram interessados em emprestar as contas bancárias para o golpe e que utilizaram documentos de terceiros para a abertura de contas.

Segundo a Polícia Civil, todos são investigados pelos crimes de associação criminosa e estelionato. Para cada golpe, eles estão sujeitos a uma pena de 1  a 5 anos de prisão. O crime de associação criminosa prevê a pena de 1 a 3 anos de prisão.

Em nota, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF) informou que os investigados não têm registro junto à entidade de classe e ressaltou que a população deve sempre checar se os profissionais envolvidos na negociação de imóveis estão legalmente inscritos na instituição.

“A melhor solução nesses casos é solicitar de imediato ao suposto negociador o número de inscrição e a identificação como corretor de imóveis no Creci-DF”, orientou o diretor de Fiscalização do conselho, Marcus Vinícius Scalercio. Além disso, é possível registrar denúncias e pedir informações por meio do site do Creci-DF ou pelo telefone 61 3321-1010.

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