Golpe das pousadas: vítimas pagaram diárias antecipadamente via Pix
Criminosos, articulados por meio de perfis falsos de pousadas nas mídias sociais, ofereciam diárias a preços baixos em Pirenópolis (GO)
atualizado
Compartilhar notícia
As investigações da operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quarta-feira (13/11), para desmantelar um esquema criminoso que fez ao menos 25 pessoas caírem no “golpe da pousada”, revelaram que as vítimas chegaram a fazer pagamentos antecipados via Pix aos estelionatários.
As apurações da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) detalham que o esquema envolvia a oferta fraudulenta de reservas em pousadas localizadas de Pirenópolis (GO), no Entorno do Distrito Federal.
Os crimes, articulados por meio de perfis falsos de pousadas nas mídias sociais, especialmente no Instagram, consistiam na oferta de promoções de diárias em estabelecimentos de hospedagem por preços atrativos, para induzir as vítimas a fazerem os pagamentos previamente.
Dois suspeitos são alvo de mandado de prisão, em Goiânia (GO). Um terceiro estelionatário havia sido detido na última sexta-feira (8/11).
Veja imagens da operação:
Alvos
Os donos das pousadas usadas como chamariz para os golpes foram vítimas dos golpes e não têm ligação com o esquema criminoso, segundo a PCDF.
A negociação final era feita por meio de perfis de WhatsApp com falsa identificação das pousadas. Os policiais da 18ª DP descobriram que, após pagarem, as vítimas eram informadas de que as reservas não poderiam ser confirmadas ou eram simplesmente bloqueadas pelos golpistas, sem qualquer prestação do serviço prometido nem reembolso.
Confira os comentários no Instagram sobre os golpes:
Associação criminosa
A apuração dos fatos revelou a existência de uma operação estruturada, com abrangência significativa, múltiplas vítimas e uso de diversas contas bancárias, além de perfis nas mídias sociais para cometimento dos golpes, atividades típicas de associações criminosas.
Além dos mandados de prisão, os policiais cumpriram três ordens judiciais para busca e apreensão nas casas dos suspeitos. As medidas foram autorizadas pelo juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia.