Gerente de banco deu calote em curso de inglês e está envolvido na compra de Porsche com cheque sem fundo
Nome do gerente Hernanes Amorim de Oliveira aparece em golpes de estelionato. Ele foi preso nesta quinta, após movimentar R$ 8 mi em 3 anos
atualizado
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O gerente de banco Hernanes Amorim de Oliveira (foto em destaque), 32 anos, preso nesta quinta-feira (6/7) por ter movimentado mais de R$ 8,5 milhões desde 2020, responde também a processos por estelionato. O nome dele aparece em golpes relacionados à compra de um veículo de luxo e até mesmo à falta de pagamento da escola de inglês.
Hernanes Amorim de Oliveira responde a um processo, junto com seu sócio na empresa HC Assessoria e Consultoria Empresarial, por ter emitido um cheque sem fundo, no valor de R$ 120 mil, para comprar um veículo de luxo da marca Porsche.
Veja a imagem do cheque:
O sócio entregou o cheque sem recursos e teria negociado o carro com Hernanes. Para evitar a transferência do veículo, ele ainda teria falsificado a assinatura do documento.
Os dois respondem a uma ação judicial por estelionato.
Essa não foi a primeira vez que o nome de Hernanes foi associado a golpes. Ele também consta em ação ajuizada em 2017, por não pagar o curso de inglês que fazia na escola Wizard, em Ceilândia. O contrato previa o pagamento de R$ 330 em 12 mensalidades, o que totalizaria R$ 3.960.
Hernanes alegou que não teria condições financeiras para arcar com a despesa, e o processo não evoluiu. Veja o contrato:
Entenda
Envolvido na Operação Gerência do Crime, Hernanes trabalhava em uma agência do banco Santander, no Núcleo Bandeirante, e desviava dinheiro de correntistas da instituição, com ajuda de três parceiros.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, as investigações tiveram início no fim do ano passado, logo após a corporação tomar conhecimento de que o gerente utilizou a matrícula de outro gestor para desviar R$ 1,5 milhão da conta de uma empresa de transporte e transferir esse montante para um terceiro.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, bem como 11 de busca e apreensão, nas cidades goianas de Anápolis e Santo Antônio do Descoberto, assim como nas regiões de Águas Claras, Taguatinga, Vicente Pires e Setor de Rádio e Televisão Norte, no Distrito Federal.
Na ocasião, foram detidos Júlio Cesar Lopes de Sousa e Sandro Dias Couto. Uma terceira envolvida, identificada como Gláucia de Fátima Rocha Marzola, está foragida.
Em nota, o Santander informou que percebeu rapidamente a movimentação incomum e que possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta.
Veja nota do banco Santander na íntegra:
O Santander informa que percebeu rapidamente a movimentação incomum, o que permitiu à área de Inteligência do Banco atuar na operação em cooperação com a polícia. O Santander reforça que possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta evitando, assim, qualquer prejuízo financeiro a seus clientes.