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“Gangue do Rolex” usava São Sebastião como base logística para roubos

Residentes na região de São Sebastião, membros da quadrilha ofereciam hospedagem, motocicletas e armamento para os comparsas de São Paulo

atualizado

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PCDF/Divulgação
gangue do rolex
1 de 1 gangue do rolex - Foto: PCDF/Divulgação

Dois dos integrantes da “Gangue do Rolex” detidos em Brasília foram identificados como peças fundamentais no suporte logístico da quadrilha. Residentes na região de São Sebastião, eles ofereciam hospedagem, motocicletas e armamento para os comparsas que se deslocavam de Taboão da Serra (SP) até Brasília para realizar os crimes. Esse suporte foi crucial para o funcionamento da organização, que já era especializada em roubos de relógios de luxo.

O delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), Tiago Carvalho, responsável pela operação, detalhou que a quadrilha possuía uma hierarquia interna e divisão de funções bem definidas, características que a enquadram como uma organização criminosa. “Estamos lidando com indivíduos que se dedicam a essa prática há muito tempo, especialmente nas regiões de Taboão da Serra. Sempre que ocorre o roubo de um Rolex, identificamos a atuação de alguém daquela área, o que reforça a suspeita de uma rede especializada”, explicou.

Veja:

O líder da gangue conhecida por furtar relógios de luxo em diversas cidades do Brasil, foi preso na manhã desta quinta-feira (7/11) em Recife (PE). Aos 32 anos, o suspeito foi encontrado com quatro relógios Rolex, cada um avaliado em cerca de R$ 150 mil. Outros quatro integrantes do grupo também foram detidos: dois em Brasília e dois em São Paulo, como parte da “Operação Cartada Final”, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) com apoio das polícias de São Paulo e Pernambuco.

Ao todo, a PCDF cumpriu oito mandados de prisão preventiva e oito ordens de busca e apreensão, mirando os integrantes da quadrilha e suas operações. A Corpatri liderou a investigação que se estendeu por ao menos nove meses, com o objetivo de desarticular a quadrilha apontada como responsável por ao menos cinco assaltos no DF em 2023. Ainda segundo a PCDF, o grupo opera em várias capitais, preferencialmente em regiões de alto poder aquisitivo.

Confira imagens da operação:

Estrutura e operações da quadrilha

De acordo com as investigações, a quadrilha era estruturada e mantinha divisões específicas de tarefas durante as ações criminosas. O grupo possuía “olheiros” responsáveis por identificar as vítimas, escolhidas por sinais de alto poder aquisitivo, como veículos de luxo e vestimentas sofisticadas. Esses olheiros monitoravam áreas nobres e movimentadas, especialmente em cruzamentos, onde os roubos ocorriam com maior frequência.

Os roubos eram executados de forma rápida e violenta. Utilizando motocicletas com placas adulteradas para evitar rastreamento. O executor, frequentemente disfarçado de motoboy ou entregador, abordava as vítimas com armas de fogo e realizava as subtrações. O grupo usava também veículos de apoio para facilitar a fuga.

Segundo a PCDF, os objetos roubados, como os Rolex, eram repassados a uma rede de receptadores que atuam até mesmo em mercados internacionais, dificultando a recuperação dos bens e evidenciando uma operação criminosa de grande alcance.

Segundo o delegado, a atuação do grupo em diversas capitais, com a migração dos criminosos entre estados, como de São Paulo para o Distrito Federal e Pernambuco, requer apoio interestadual das forças de segurança para cumprir as ordens judiciais. Tiago mencionou ainda que, entre as vítimas do grupo, está o colunista Leo Dias, que teve um relógio roubado em Brasília. A polícia acredita que o líder da gangue preso no Recife tem ligação com esse crime e com outros roubos realizados nos estados do Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Os envolvidos responderão por roubo circunstanciado pelo uso de arma de fogo e podem enfrentar acusações de associação criminosa ou organização criminosa, conforme o grau de participação no esquema. A pena total prevista para os crimes ultrapassa 10 anos de reclusão.

A polícia ainda analisa se os relógios apreendidos são genuínos ou réplicas sofisticadas. Dois dos relógios recuperados já foram confirmados como originais, mas outros itens estão sob avaliação. A identificação completa dos objetos roubados permitirá determinar com precisão o valor total dos bens recuperados.

 

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