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Futuro chefe da PF pediu a Moraes prisão de cacique bolsonarista no DF

Em ofício enviado ao STF, futuro delegado da PF, Andrei Rodrigues destacou que o indígena cometeu crimes de ameaça e associação criminosa

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Delegado Andrei Rodrigues futuro diretor-geral da Polícia Federal (PF) e o Futuro ministro da justiça Flávio Dino durante coletiva - Metrópoles
1 de 1 Delegado Andrei Rodrigues futuro diretor-geral da Polícia Federal (PF) e o Futuro ministro da justiça Flávio Dino durante coletiva - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O escolhido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dirigir a Polícia Federal (PF), delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues foi o autor do ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, mais tarde, resultaria na prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, de 42 anos.

No documento analisado pelo ministro Alexandre de Moraes — que determinou a prisão do cacique —, o delegado aponta a prática de condutas ilícitas do cacique, cometidas entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro. Os crimes cometidas pelo indígena seriam os de ameaça, associação criminosa e abolição violenta do estado democrático de direito.

De acordo a exposição do delegado no ofício enviado à Moraes, “em todos os eventos, o discurso de José Acácio é semelhante e remete a ameaças ao exmo. sr. presidente eleito e a ministros da Suprema Corte, especialmente ao exmo. sr. Alexandre de Moraes “, aponta o documento.

Perfil

A predileção de Lula pelo delegado Andrei Rodrigues e sua nomeação para comandar a PF tem motivos de sobra para se concretizar. Ele coordenou a segurança do petista durante a campanha eleitoral — reprise do que já havia feito em 2010, quando foi escolhido para garantir a proteção da então candidata do PT Dilma Rousseff.

Natural de Pelotas e delegado federal há quase 20 anos, Andrei ficou conhecido nacionalmente quando se tornou secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos — responsável pela segurança da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 — nos governos Dilma.

Graduado em direito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Andrei é mestre em alta gestão em segurança internacional pelo Centro Universitário da Guarda Civil da Espanha e Universidade Carlos III de Madrid. Ao longo da carreira, foi chefe das Delegacias de Repressão a Entorpecentes em Manaus, de Repressão a Crimes Fazendários em Porto Alegre e do Aeroporto Internacional em Brasília.

Ele também foi integrante da comissão que elaborou o Manual de Planejamento e Gestões de Operações da PF, assistente da diretoria-executiva, oficial de ligação da PF em Madri, coordenador-geral de Polícia Fazendária e chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Diretoria de Tecnologia da Inovação da PF.

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