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Funai é condenada a garantir segurança de servidores e indígenas no AM

Pedido foi protocolado pela Defensoria Pública da União e integralmente acolhido pela Justiça na noite dessa terça (14)

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Região do Vale do Javari, onde o indigenista e o jornalista desapareceram
1 de 1 Região do Vale do Javari, onde o indigenista e o jornalista desapareceram - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A Defensoria Pública da União (DPU) teve pedido acolhido pela Justiça Federal na noite dessa terça-feira (14/6) para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) providencie medidas de segurança pública a seus servidores e aos povos indígenas no Vale do Javari (AM), onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips desapareceram em 5 de junho. Ambos estão há 11 dias sem dar notícias.

A decisão foi tomada um dia após o Metrópoles revelar que a Funai retirou armas de fogo que estavam em ao menos uma das bases de proteção do órgão na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi repassada ao repórter Tácio Lorran por duas entidades locais, e confirmada por um servidor do órgão, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.

No processo, a DPU destacou que as forças de segurança pública devem garantir a integridade física dos colaboradores da Funai e dos povos indígenas em todas as Bases de Proteção do Vale do Javari – Quixito, Curuçá e Jandiatuba -, bem como nas sedes das coordenações regionais e da Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental do local.

O pedido da defensoria também garantiu que a Funai não adote qualquer comportamento que busque desacreditar a trajetória do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips, além de o órgão se abster de praticar qualquer ato que seja considerado “atentatório à dignidade” contra os desaparecidos.

Veja imagens das buscas divulgadas pela Polícia Federal:

5 imagens
último contato com os dois profissionais ocorreu no domingo, 5 de junho
Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas fazem as buscas
A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí.
O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
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As buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira entram no 11º dia

Divulgação/Polícia Federal
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último contato com os dois profissionais ocorreu no domingo, 5 de junho

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Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas fazem as buscas

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A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí.

Divulgação/Polícia Federal
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O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

Divulgação/Polícia Federal

Buscas por Dom e Bruno chegam ao 10º dia: o que se sabe até agora

A juíza Jaíza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, decidiu que a Funai deve retirar imediatamente a nota de esclarecimento publicada em 10 de junho dos veículos oficiais de mídia da fundação. Ela entendeu que a nota contém “afirmações incompatíveis com a realidade dos fatos e com os direitos dos povos indígenas”.

A nota em questão publicada pelo órgão é a que a Funai afirma que Bruno Pereira e Dom Phillips não teriam autorização para ingressar em terra indígena e que deveriam ter comunicado sobre a expedição. Segundo os sete defensores que assinaram a petição, a nota da Funai é considerada uma violação aos direitos humanos.

O pedido feito pela DPU foi ajuizado em Ação Civil Pública a fim de tratar das Bases das Frentes de Proteção Etnoambiental da Funai no Estado do Amazonas. O processo tramita desde 2019 e, no último dia 8, a defensoria obteve uma decisão favorável ao reforço das buscas e resgate de Bruno Pereira e Dom Phillips.

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