Fugitivos de Mossoró estão feridos e acuados. Buscas chegam ao 22º dia
Policiais afirmaram à coluna Na Mira que região onde dupla está escondida tem mata densa e “uma infinidade” de animais peçonhentos
atualizado
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Informações obtidas com investigadores revelam que os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) estão feridos e em uma região com diversos cercos da polícia. Uma testemunha que teve contato com Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça (ambos na foto em destaque) afirmou que um deles está mancando. As buscas chegam ao 22º dia nesta quarta-feira (6/3).
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Policiais afirmaram à coluna Na Mira que a região onde a dupla está escondida tem mata densa e “uma infinidade” de animais peçonhentos. E, apesar de a área ter fartura de plantações de frutas e hortaliças, os criminosos enfrentam a escassez de comida. Os dois foram vistos pela última vez no domingo (3/3), quando invadiram um galpão na zona rural de Baraúna (RN). Na ocasião, eles chegaram a agredir um funcionário que tomava conta do local.
Uma moradora de Vila Nova 2, na mesma região, disse ter visto os fugitivos com as roupas sujas, enquanto comiam banana em uma plantação. O encontro inesperado ocorreu na noite da última quinta-feira (29/2).
Assustada, a testemunha, que estava com crianças, gritou por socorro. Em seguida, os criminosos correram para o matagal e não foram mais encontrados. Como a coluna Na Mira mostrou, o policiamento está reforçado na área.
Perdidos
Enquanto fogem de um forte aparato policial, os criminosos parecem estar perdidos. Rastros apontam que a dupla estava perto da divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará quando passou a retornar, por cerca de 8 km, em direção à Penitenciária Federal de Mossoró, onde os dois estavam presos.
Os criminosos passaram cerca de oito dias escondidos em uma casa, em uma área isolada de Três Veredas, a cerca de 10 km do centro de Baraúna. Contudo, em vez de se afastar, a dupla seguiu no caminho inverso, no sentido da penitenciária, na região de Riacho Grande.
Ambos foram vistos pela última vez em uma plantação de bananas e milho. O local é próximo à Reserva Nacional da Furna Feia, onde estão concentradas equipes da força-tarefa. A área foi completamente cercada.
O território é rico em cavernas e conta com diversas propriedades para cultivo de frutas e legumes. Veículos de passeio e transporte de cargas são vistoriados minuciosamente por policiais em todas as entradas e saídas dos povoados.
Comparsas presos
Um homem que não teve a identidade revelada acabou preso na quinta-feira (29/2), em Fortaleza (CE), sob suspeita de ajudar os dois presidiários fugitivos. No total, seis pessoas foram detidas desde o início das buscas.
Os investigadores detalharam que o suspeito seria um “parceiro forte” dos fugitivos. A polícia também acredita que outras pessoas estejam ajudando os presidiários na fuga.
Dos seis presos por ajudarem a dupla, dois foram flagrados com drogas e armas. Um terceiro tinha mandado de prisão em aberto em nome dele e foi detido pela Polícia Federal (PF) no povoado de Quixabeirinha, em Mossoró.
Os fugitivos ficaram escondidos por oito dias no terreno do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, 38 anos. Os investigadores descobriram que ele teria recebido R$ 5 mil para deixar Deibson e Rogério se esconderem no local. O dono da área foi preso na segunda-feira da semana passada (27/2).
Um irmão de um dos fugitivos também está detido. Ele tinha condenação por roubo e participação em organização criminosa, além de ter um mandado de prisão em aberto.
Buscas
Cerca de 600 policiais, inclusive 100 integrantes da Força Nacional, estão envolvidos na megaoperação de procura pelos fugitivos. Drones e helicópteros também são usados nas buscas.
A população informou que policiais têm feito visitas domiciliares e espalhado cartazes com imagens dos fugitivos, acompanhadas de números de telefone para denúncias anônimas.
O Estado ainda ofereceu recompensa de R$ 15 mil para quem fornecer informações precisas sobre o paradeiro da dupla.