Feminicida estuprou e matou adolescente a pedradas enquanto ela dormia
A vítima, Ana Paula Rodrigues de Sousa, 15 anos, foi encontrada com a cabeça esfacelada e totalmente nua. Crime ocorreu em 2006
atualizado
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Com várias passagens pela polícia sempre por crimes bárbaros, Wederson Aparecido Ananias de Moura, 36 anos, é considerado o principal suspeito do feminicídio praticado contra Jainia Delfina de Assis, 42, na tarde desse sábado (15/6). Além de passagens criminais por violência doméstica, incluindo medida protetiva contra a vítima, ele já foi preso e condenado, em 2006, por estuprar e assassinar a pedradas, uma adolescente, de 15 anos, enquanto ela dormia.
A vítima, Ana Paula Rodrigues de Sousa, foi encontrada com a cabeça esfacelada e completamente nua. A garota dormia com um grupo de moradores de rua dentro de um duto de ventilação do metrô. As pessoas se levantaram e foram até a rodoviária fazer um lanche, deixando a adolescente dormindo sozinha no local.
Quando o grupo retornou, viram quando Wederson deixava o local apressadamente, com a mãos ensanguentadas. Ana Paula ainda estava viva, mas gemia muito e tremia. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, a vítima já estava sem vida. O criminoso fugiu, mas dias depois foi preso.
Histórico violento
O Metrópoles apurou que Wederson estava em prisão domiciliar desde novembro de 2022. Em decisão anterior, que analisou o possível relaxamento da detenção, foi descrito que laudo criminológico identificou traços de personalidade negativa e apontou que, possivelmente, seria importante oferecer acompanhamento psicológico ao preso.
O homem tem histórico de violência doméstica e, inclusive, foi alvo de uma medida protetiva por agressões contra Jainia Delfina. A ação foi determinada pelo 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília no fim do ano passado.
Há outros processos por Lei Maria da Penha contra Wederson. Até a última atualização desta reportagem, ele seguia foragido.
Criança viu o crime
O crime ocorreu na Quadra 4 do Setor Oeste, na Cidade Estrutural. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o filho da vítima, de 4 anos, foi o primeiro a vê-la deitada em meio ao sangue e a pedir ajuda a vizinhos. Um ex-namorado de Jainia encontrou a criança assustada, soube do que aconteceu e acionou a polícia.
A casa onde ocorreu o feminicídio passou por perícia. Ainda não se sabe a motivação do crime.