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Feminicida disse aos bombeiros que vítima tinha caído no banheiro

Homem acusado de matar estrangulada Diana Faria Lima chegou a dizer aos bombeiros que a vítima tinha caído no banheiro

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Feminicídio mulher é morta pelo companheiro em Ceilândia Brasília DF – Metrópoles
1 de 1 Feminicídio mulher é morta pelo companheiro em Ceilândia Brasília DF – Metrópoles - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O homem acusado de matar estrangulada Diana Faria Lima, 37 anos, chegou a dizer aos bombeiros que a mulher tinha caído no banheiro e se machucado. A vítima foi encontrada bastante ferida e ensanguentada. Ela foi estrangulada pelo companheiro, Kelsen Oliveira de Macedo, 42, por volta das 8h35 desta segunda-feira (15/1), em Ceilândia.

Aos socorristas, Kelsen alegou que ela havia caído e batido a cabeça dentro do banheiro. Após a chegada dos militares, o feminicida fugiu.

O suspeito se apresentou à polícia na tarde desta segunda. Ele foi até a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, na companhia de um advogado, e decidiu ficar em silêncio. Os agentes ressaltaram ao defensor que o autor não foi apresentado de forma espontânea, já que a apresentação aconteceu quase 12 horas depois.

Kelsen coleciona inúmeras passagens pela polícia. O Metrópoles apurou que, desde 2010, o homem é denunciado às autoridades por agredir, ameaçar e injuriar mulheres que já passaram pela vida dele, incluindo a própria mãe.

Apesar de já ter sido preso três vezes por crimes relacionados à Lei Maria da Penha, Kelsen logo voltou a ganhar liberdade, após as vítimas solicitarem a retirada de queixas e medidas protetivas garantidas a elas contra ele.

Conforme apurado pela reportagem, a primeira vítima a denunciar o criminoso, em 2010, foi uma ex-companheira. Seis anos depois, uma segunda namorada também registrou boletim de ocorrência contra o homem. Ela, contudo, teria reatado relacionamento com Kelson, mas terminou por oficializar outras duas queixas, em 2018 e em 2019. No mesmo ano, o homem foi denunciado pela quinta vez. Na data, ele teria atacado a própria mãe.

Em 2022, Diana registrou a primeira ocorrência. Tempos depois, porém, solicitou a retirada da queixa e de medidas protetivas. O caso tornou a se repetir por outras 10 vezes. Nesta segunda-feira (15/1), a mulher foi espancada por horas até morrer, na QNM 24, em Ceilândia.

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Delegada afirma que “delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, mas ninguém ligou para a polícia
Diana foi encontrada com sinais de estrangulamento
O feminicídio ocorreu na QNM 24, em Ceilândia. O Metrópoles apurou que a vítima se trata de Diana Faria Lima
Informações iniciais sobre o caso dão conta de que um vizinho teria ouvido o casal discutir durante a noite
Kelson é suspeito de estrangular a companheira
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Kelsen Oliveira de Macedo é procurado pela polícia, por suspeita de cometer o crime

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Delegada afirma que “delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, mas ninguém ligou para a polícia

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Diana foi encontrada com sinais de estrangulamento

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O feminicídio ocorreu na QNM 24, em Ceilândia. O Metrópoles apurou que a vítima se trata de Diana Faria Lima

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Informações iniciais sobre o caso dão conta de que um vizinho teria ouvido o casal discutir durante a noite

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Kelson é suspeito de estrangular a companheira

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Vítima tinha 37 anos

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Diana Farias foi encontrada morta na manhã desta 2ª feira, na QNM 24 de Ceilândia. Kelsen Oliveira de Macedo fugiu após cometer feminicídio

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Vizinhos relataram que ouviram discussão entre o casal

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Diana Faria Lima, 37 anos

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Ele tinha ao menos 11 ocorrências registradas contra ele por crimes de violência doméstica

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De acordo com a delegada Letízia Lourenço, chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher 2 (Deam 2), vizinhos ouviram o som de pancadas e gritos, mas ninguém acionou a polícia.

“Ela foi agredida durante toda a madrugada e ninguém informou à Policia Militar ou à Polícia Civil o que estava ocorrendo, e essa mulher acabou vindo a óbito”, afirmou. “Esse delito poderia ter sido evitado com o auxílio da população”, declarou a delegada.

Segundo Letízia, quem acionou os bombeiros foi o próprio agressor, que fugiu logo em seguida. “Chegaram a fazer manobras de ressuscitamento, mas, infelizmente, essa mulher veio a óbito. Somente depois desse fato é que a PMDF e a PCDF foram acionadas. Nesse momento, o autor já havia empreendido fuga”, disse.

“Em briga de marido e mulher, meta a colher, sim. Você não precisa ser herói, não precisa colocar sua vida em risco para defender a mulher, mas o mínimo que tem que ser feito é telefonar para o 190, da Polícia Militar. O caso é grave, ouviram pancadas na parede e ninguém telefonou”, detalhou a delegada.

Segundo a policial, o relacionamento do casal era marcado por violência. Há, inclusive, 11 ocorrências de agressão física registradas. “O último registro foi em outubro. A PCDF tomou as providências cabíveis, instaurou inquérito, então não sabemos em quais circunstâncias eles continuaram se relacionando e nem como ele ainda tinha acesso a essa mulher”, finalizou.

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