Falso empresário fez pirâmide de ingressos e deu tombo em 72 vítimas
As vítimas acreditam que o estelionatário tenha montado um esquema de pirâmide e a corrente se rompeu, provocando o rombo financeiro
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga uma avalanche de golpes praticados por um falso empresário que vende ingressos para grandes eventos em Brasília e Goiânia. Pelo menos 72 pessoas se tornaram vítimas, e o prejuízo é calculado em pelo menos R$ 40 mil. Os lesados acreditam que o estelionatário tenha montado um esquema de pirâmide e a corrente se rompeu, provocando o rombo financeiro.
Diversas ocorrências policiais foram registradas em diferentes delegacias do DF. Um grupo formado por 40 clientes se reuniu, por meio do WhatsApp, para tentar reaver o dinheiro. No entanto, Diego Santos Ferreira (foto em destaque) costumava justificar, com várias desculpas, o atraso envolvendo a entrega dos ingressos. Algumas pessoas chegaram a desembolsar cerca de R$ 600 pelos convites.
Na maioria das vezes, Diego justificava que teria havido problemas técnicos com a plataforma que emite os ingressos. “Ele chegou a entregar alguns bilhetes em um esquema de pirâmide. Um amigo comprava e indicava outro e, assim, fomos perdendo nosso dinheiro”, disse uma das vítimas ouvidas pela coluna.
Enrolação
Após investirem na compra dos ingressos, os clientes se desesperavam quando chegavam o dia do show ou da festa e não recebiam os convites adquiridos antecipadamente. “Chegava no dia do show e esse golpista ficava com a promessa de que iria enviar os ingressos, e enrolava por horas até perdemos as esperanças”, desabafou uma das compradoras que ficaram no prejuízo.
Sem saída, os clientes chegavam à porta dos eventos e pagavam mais do que o dobro dos valores de bilheteria para comprar ingressos no local. Para ganhar tempo, o estelionatário prometia não só pagar os valores dos ingressos comprados antecipadamente, como restituir os valores empenhados pelos clientes nos novos convites.
“Muitas pessoas saíram de suas cidades para outras a fim de acompanhar algum show e teve o seu momento estragado por ele. O estelionatário sempre dizia que podíamos comprar os ingressos na hora que ele reembolsaria o valor já pago e o dinheiro que pagamos a mais, mas isso nunca acontecia”, finalizou a vítima.
O outro lado
A coluna tentou entrar em contato com o suposto empresário por meio dos telefones que constam nas ocorrências policiais. No entanto, ninguém atendeu às ligações. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.