Falsa biomédica que aplicou PMMA em influencer seguirá presa
A Justiça de GO converteu a prisão em flagrante de Grazielly da Silva Barbosa em preventiva nesta quinta-feira (4/7)
atualizado
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A Justiça de Goiás manteve a prisão de Grazielly da Silva Barbosa. A falsa biomédica é acusada de aplicar polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos da influenciadora digital brasiliense Aline Maria Ferreira, 33 anos. A jovem morreu dias após o procedimento.
Grazielly foi presa em flagrante na quarta-feira (3/7). A suspeita não tinha curso superior, portanto, também não era registrada junto ao conselho regional da categoria.
A falsa biomédica foi levada para a delegacia após receber voz de prisão em flagrante por crimes contra as relações de consumo.
Na manhã desta quinta-feira (4/7), a polícia divulgou imagens da clínica dela.
Confira:
O caso
Parentes da influencer contaram que ela teve uma infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos. Aline, que somava mais de 47 mil seguidores no Instagram, morreu em um hospital particular da Asa Sul, onde estava internada desde sábado (29/6). Antes, ela também havia sido atendida no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Testemunhas informaram à polícia que a modelo começou a passar mal logo após a intervenção estética feita por Grazielly, no último dia 23. A família da influenciadora detalhou que Aline voltou para casa, no Gama, e começou a sentir febre e dor na barriga. Eles entraram em contato com a clínica, cuja equipe recomendou apenas que a paciente tomasse um analgésico.
Veja fotos de Aline:
Desmaio
Naquela data, o marido de Aline a levou para um hospital particular, na Asa Norte; posteriormente, para a unidade regional pública da área (Hran), onde a jovem ficou internada por um dia. No sábado (29/6), ela foi transferida para um hospital particular da Asa Sul; três dias depois, veio a óbito.
Grazielly é apontada como dona da clínica Ame-se, em Goiânia (GO), onde a influencer passou pelo procedimento estético. A família de Aline contou que houve aplicação de 30 ml de PMMA em cada glúteo dela.
A falsa biomédica chegou a visitar a paciente no Hran, ocasião em que disse não ter aplicado o produto, mas um bioestimulador. Acrescentou, ainda, que Aline poderia ter pegado uma infecção no lençol de casa, versão desmentida pela família da vítima.
Pastor
Relatos também dão conta de que a influencer precisou ficar o tempo todo de bruços no hospital, com as nádegas para cima, e que nenhum medicamento administrado surtia efeito, possivelmente devido ao tipo do produto injetado no organismo dela.
Ainda segundo a família de Aline, Grazielly, mesmo sem autorização, pediu ao próprio pai para visitar a paciente no hospital, pois “ele seria pastor e faria uma oração por ela”. A coluna não conseguiu contato com a defesa da biomédica fake. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.