Fábrica de cocaína tem atuação de servidores e donos de farmácias
Entre os alvos da operação estão empresários do ramo farmacêutico que forneciam insumos para a adulteração de drogas
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (3/12), a 2ª fase da Operação Falcões de Aço, cumprindo seis mandados de busca e apreensão em residências de agentes públicos e três mandados de prisão preventiva contra traficantes e integrantes de uma organização criminosa atuante na região do Vale do Aço (MG).
Entre os alvos da operação, estão donos de farmácias que forneciam insumos para a adulteração de drogas, especialmente cafeína, aproveitando o fácil acesso aos materiais devido à sua atividade comercial. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Na primeira fase da Falcões de Aço, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, cujos materiais recolhidos resultaram na descoberta de novos investigados.
Também foram identificados traficantes da região de Coronel Fabriciano que utilizavam esses insumos adulterantes para ampliar a quantidade de entorpecentes no tráfico.
As investigações revelaram o desvio de insumos farmacêuticos comumente usados para adulterar cloridrato de cocaína, visando aumentar o volume da substância ao misturá-la com esses produtos.
Foram traçadas linhas investigativas que levaram à identificação de diversos criminosos, seus “laranjas” e a complexa rede de transações financeiras que envolve traficantes locais.
Os agentes descobriram, ainda, que, em muitos casos, os destinatários eram moradores de cidades na fronteira do Brasil, notoriamente conhecidas pelo intenso tráfico de drogas.
A operação tem como objetivo o combate aos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais.