Execução com 13 tiros: PCDF desvenda morte de vigilante em Ceilândia
PCDF desvendou trama por trás do assassinato de vigilante executado com cinco tiros na cabeça, um no pescoço e sete no tórax
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 15ª DP (Ceilândia Centro), desvendou a trama por trás do assassinato de Alexsandro Aires Carvalho (foto abaixo), 42 anos, dentro de uma marcenaria na região administrativa. O vigilante foi executado com cinco tiros na cabeça, um no pescoço e mais sete no tórax. O crime aconteceu em abril deste ano, quando um motoqueiro invadiu o estabelecimento e disparou contra a vítima.
A investigação apontou uma execução orquestrada, principalmente, pela ex-esposa do vigilante, identificada como Vitória Carla Nunes da Silva. Ela teria convencido o atual namorado, Ricardo Nunes da Costa, a cometer o assassinato e o instigado, dizendo ser perseguida e ameaçada por Alexsandro. No início do ano, inclusive, houve uma discussão entre eles, após a vítima chegar em casa e flagrar os suspeitos juntos.
No entanto, mesmo separada, Vitória Carla continuava a mandar textos para Alexsandro. Um fato importante levado em consideração pela investigação foi que, momentos antes da execução, no mesmo horário em que conversava com o novo namorado, Vitória enviou diversas mensagens de texto para a vítima, fingindo querer reatar o relacionamento.
A intenção dela era ter um álibi caso fosse apontada como suspeita de envolvimento no crime, segundo a PCDF. Nesse contexto, Vitória Carla teria induzido o namorado a acreditar que o ex-marido seria um entrave para o relacionamento dela com Ricardo. Além disso, a antiga companheira da vítima pretendia receber o seguro de vida do ex-marido. O valor era estimado em R$ 70 mil.
Pistoleiro
A apuração também revelou que Vitória Carla e Ricardo teriam buscado auxílio de Weslei Rodrigues Botelho dos Santos para intermediar o contato com um pistoleiro de aluguel. Outra descoberta que chamou a atenção da PCDF foi a de que os três mandantes da execução trabalhavam como vigilantes em um hospital público do Distrito Federal.
Possivelmente, prometendo uma quantia do seguro de vida decorrente da morte de Alexsandro Aires Carvalho, o grupo teria contratado Sílvio Chaves de Oliveira para executar o crime. O assassinato ocorreu no dia em que Vitória Carla retornaria ao trabalho, após uma licença, mesmo dia em que Ricardo iniciaria as férias.
A investigação mostrou ainda que, com o auxílio de um comparsa ainda desconhecido, Sílvio usou a motocicleta de Weslei para ir até a marcenaria onde a vítima trabalhava e executá-la. Uma segunda pessoa também foi atingida pelos disparos. Os quatro envolvidos na morte foram presos, mas a PCDF ainda tenta identificar e prender um quinto suspeito, que atuou como mediador do contato do casal com Sílvio.