Exame em placenta ajuda PCDF a prender padrasto que engravidou criança
A polícia ressaltou que a técnica utilizada para o esclarecimento do caso é de difícil execução. O criminoso foi preso
atualizado
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Após quase um ano de investigações, um homem foi preso suspeito de estuprar e engravidar a enteada de apenas 12 anos. A criança estava com 22 semanas de gestação, quando contraiu Covid e sofreu um aborto por trombose, em agosto de 2021. O criminoso fugiu de casa logo após o episódio, mas acabou sendo localizado e preso, no Gama, na última sexta-feira (13/5).
Segundo informações da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), os investigadores tomaram conhecimento do caso, há um ano, por meio do Conselho Tutelar. “Nos disseram que havia uma criança de 12 anos grávida com paternidade desconhecida”, acrescentou o delegado-chefe da 35ª DP, Laércio Carvalho.
“No decorrer das investigações, tivemos imensa dificuldade em esclarecer o caso. Já que a família e a vítima não colaboravam”, disse o delegado.
Exame raro
Após o aborto, a equipe da Seção de Atendimento a Mulher (SAM) dirigiu-se à maternidade do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e apreendeu fragmentos da placenta.
O material biológico foi armazenado no Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA), da PCDF, para futuro confronto genético. O fato de o suspeito fugir de casa após o aborto levantou dúvidas, o que fez com que a polícia solicitasse amostras biológicas do padrasto.
Realizado o exame de DNA, através do confronto genético entre os fragmentos de placenta e o sangue do suspeito, constatou-se perfis genéticos compatíveis com a condição de paternidade do homem em relação ao feto. Após ser localizado e preso, ele confessou o crime e foi autuado por estupro de vulnerável.
A polícia ressaltou que a técnica utilizada para o esclarecimento do caso é de difícil execução. Para realizar o exame foram empregadas técnicas de última geração. Segundo a PCDF, o teste foi realizado pela medicina forense brasileira apenas cinco vezes.