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Ex-sargento da FAB aplica golpe de R$ 800 mil e perde tudo no Tigrinho

Procurada por um grupo de 45 vítimas para arcar com as dívidas, a ex-militar simulou vender uma carta de crédito de R$ 350 mil a uma “amiga”

atualizado

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1 de 1 Mulher loira - Foto: Reprodução

Um grupo de 45 pessoas formado por servidores públicos e empresários amargou um prejuízo próximo de R$ 800 mil após cruzar o caminho de uma ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB). Tamyla Guedes de Souza foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por aplicar uma série de golpes no DF e Goiás. A estelionatária teria embolsado o dinheiro após enganar as vítimas com a falsa venda de consórcios contemplados.

O caso foi relatado pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) e aguarda oferecimento de denúncia pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo fontes ouvidas pela coluna, a estelionatária — que nunca mais foi vista pelas vítimas — teria torrado a quantia em jogos de azar hospedados em plataformas digitais, como o Jogo do Tigrinho.

Tamyla já foi condenada em primeira instância na Justiça Militar pelo crime de peculato, quando ainda estava na FAB, entre 2018 e 2019. Como era sargento temporária, a suspeita foi expulsa da Força ao ser condenada, em primeira instância, em processo que tramitou na esfera militar.

Nos casos mais recentes, de acordo com as investigações, a golpista usava uma lábia afiada para atrair pessoas de seu círculo de amizades e aplicar o golpe envolvendo as supostas cartas de crédito para aquisição de veículos e imóveis.

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Tamyla convencia pessoas do próprio círculo de amizades a comprarem consórcio
Cartas de consórcios eram contempladas, segundo ela dizia às vítimas
Tamyla foi expulsa da Força Aérea Brasileira (FAB)
Ela foi condenada em primeira instância na Justiça Militar pelo crime de desvio de dinheiro público
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Tamyla Guedes de Souza

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Tamyla convencia pessoas do próprio círculo de amizades a comprarem consórcio

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Cartas de consórcios eram contempladas, segundo ela dizia às vítimas

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Tamyla foi expulsa da Força Aérea Brasileira (FAB)

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Ela foi condenada em primeira instância na Justiça Militar pelo crime de desvio de dinheiro público

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Golpe padronizado

De acordo com as investigações e o relato das dezenas de vítimas que constam em pelo menos 39 ocorrências policiais, a ex-sargento padronizou a forma de aplicar os golpes. Ela costumava dizer para a vítima que trabalhava com venda de cartas de crédito e consórcios.

“Ela sempre afirmava para os amigos e até familiares realizarem as transferências, com a promessa de serem contempladas com os valores da carta, mas após a transferência dos valores, Tamyla não passava a carta de crédito prometida”, disse uma das vítimas ouvidas pela coluna, que preferiu não se identificar.

Em um dos casos, a golpista simulou vender uma carta de crédito de R$ 350 mil para uma das amigas. A vítima chegou a desembolsar R$ 27 mil de ágio, “para garantir” a compra. No entanto, após os pagamentos via Pix, a ex-sargento inventava uma infinidade de desculpas e jamais devolvia o dinheiro.

Expulsão da FAB

A coluna apurou que os crimes praticados por Tamyla começaram ainda em 2018, quando ela  servia a Aeronáutica, com apenas 21 anos. A ex-militar foi expulsa da Força após desviar recursos públicos.

De acordo com o processo que tramitou na Justiça militar, durante o período de 1º de julho de 2018 a 31 de março de 2019, ela desviou R$ 82 mil de recursos pertencentes à União.

As apurações apontaram que ela cometeu o crime no período em que esteve à frente da Secretaria de Alojamento. O dinheiro era proveniente de pagamentos de diárias de hospedagem efetuados em espécie. Tamyla se valeu da função de encarregada da secretaria do hotel e alojamento de trânsito do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo I (Cindacta I) para cometer os desvios.

A reportagem não conseguiu contato com a ex-militar. O espaço está aberto para eventuais manifestações.

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