Ex-PM é preso no DF após apunhalar filha e neto por não receber comida
Agressor chegou em casa com fome, mas foi informado de que não havia comida no local. Em seguida, ele atacou a filha e o neto de 11 anos
atualizado
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Um ex-policial militar de 55 anos foi preso na madrugada deste domingo (18/8), após atacar com um punhal a filha de 35 anos e o neto, de 11. O agressor foi identificado como Benaia Felix Herculano Pereira (foto em destaque), que havia sido expulso da corporação do Distrito Federal por uso de drogas, segundo apurou a coluna Na Mira.
As tentativas de feminicídio e de homicídio ocorreram por volta da 1h20, em um condomínio na Rua 8 de Vicente Pires. O motivo da agressão, segundo relato da criança atacada, seria o fato de que o ex-PM queria comer ao chegar em casa, mas foi informado de que não havia comida no local.
Com a arma branca, Benaia golpeou a própria filha e, também o neto, quando o menino tentou proteger a mãe e impedir o crime. A primeira vítima sofreu ferimentos no peito e nas costas; a segunda, na região abaixo do pescoço. Ensanguentado, o menino conseguiu correr para pedir ajuda, e policiais militares que passavam pela região prestaram socorro à família.
A mãe da criança foi achada na calçada, ferida e com o corpo coberto de sangue. Ao ser chamado no portão de casa pelos PMs, Benaia disse ser policial militar e concordou em liberar o acesso ao imóvel. Contudo, desobedeceu à ordem para deitar no chão e resistiu à abordagem, o que exigiu uso de spray de pimenta por parte da corporação.
Enquanto era algemado, o agressor chegou a dizer que havia matado e filha e que mataria o neto. Benaia aparentava estar sob efeito de álcool ou droga ilícita, segundo depoimentos, e acabou preso em flagrante. A arma do crime foi achada fora da casa e apreendida, assim como o celular da vítima, a carteira e o telefone do ex-policial.
A mãe da criança foi levada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e, até a mais recente atualização desta reportagem, apresentava quadro estável. Também socorrido, o menino passa bem.
O caso é investigado pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires). Na delegacia, o ex-militar não teve condições de ser ouvido, devido ao estado “anímico”.