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Ex-deputado que estuprou crianças muda de gênero e tenta enganar a PF

Condenado por estuprar crianças em uma creche, Nilson Nelson Machado passou a se chamar Catarina da Lapa, inclusive com mudança de documento

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homem de cabelos brancos e trans de cabelos brancos
1 de 1 homem de cabelos brancos e trans de cabelos brancos - Foto: Reprodução

Com o pedido de prisão condenatória expedido pela Justiça, o ex-deputado estadual Nilson Nelson Machado, o Duduco, 63 anos, tentou “driblar” policiais federais que cumpriam o mandado. O ex-político havia supostamente mudado de gênero e se tornado uma mulher trans sem fazer qualquer aviso durante o curso do processo. Nilson passou a ser chamado pelo nome social de Catarina da Lapa, inclusive com mudança de documentos.

Catarina tentou despistar a polícia negando que, alguma vez em sua vida, havia se chamado Nilson Nelson. Os investigadores desconfiaram e descobriram que Catarina da Lapa havia assumido o lugar de Duduco, condenado por estuprar crianças e adolescentes que frequentavam uma creche gerenciada por ele, em 2013. O ex-parlamentar de Florianópolis (SC) estava foragido havia um ano e foi localizado escondido no Rio de Janeiro.

Por meio de levantamentos de dados e troca de informações, policiais federais do Núcleo de Capturas da PF no Rio (Nucap/SO/Drex) encontraram e prenderam o condenado. A ação cumpriu, portanto, o mandado de prisão definitiva expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital (TJSC).

Veja imagens de Catarina da Lapa:

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O processo

Após os procedimentos de praxe, Catarina da Lapa foi encaminhada ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça, que a condenou a cumprir 20 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável.

Em 2019, a agora Catarina teve a pena por abuso sexual contra crianças reduzida para 25 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado. Ele havia sido condenado em setembro de 2017 a 31 anos, 4 meses e 20 dias de prisão por maus-tratos e abuso sexual contra crianças e adolescentes, em Florianópolis.

Catarina recorreu da decisão, e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a condenação, mas readequou a pena. Em maio de 2013, crianças atendidas por um projeto social relataram também terem sido abusadas pela agora mulher trans, enquanto ela ainda se identificava com o gênero masculino.

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