Ex de policial stalker foragida teme pela vida: “Volta o medo”
Ex-namorado foi esfaqueado, ameaçado e teve bens pessoais destruídos pela policial stalker que, agora, é considerada foragida
atualizado
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O personal trainer Gustavo Rodrigues da Silva, 40 anos, esfaqueado pela agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Rafaela Luciane Motta Ferreira (foto em destaque), teme pela própria vida e a da família agora que a agente é considerada foragida. A policial stalker estava presa com medida de segurança na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) do presídio Feminino do Distrito Federal (PFDF), no Gama, mais conhecido como Colmeia, desde dezembro do ano passado.
Porém, na última quinta-feira (10/11), Rafaela foi colocada em liberdade. No dia seguinte, um novo mandando de prisão acabou expedido contra a agente. “Soltaram e nem me avisaram. Fiquei sabendo apenas na sexta de tarde, estava andando por aí com ela solta. É muito complicado”, lamenta. “Ontem mesmo, ao chegar em casa, fiquei rodando em volta para me certificar de que ela não estaria para eu poder subir. Minha mãe, que estava aqui, não voltou pra casa”.
“Tem muita gente que ela ameaçou de morte em perigo: meu pai, minha mãe e irmã. A gente volta a ter esse medo. Ameaçou minha família, falou que iria matar todo mundo antes, para eu sofrer e, eu, seria o último. A minha cadela, já matou, no ano passado, quando sumiu com ela”, cita.
Além das ameaças, Gustavo cita os danos materiais causados pela policial. “Ao todo, rasgou nove pneus do meu carro, minha moto, entrou na minha casa e destruiu minhas roupas, rasgou a cama inteira e levou R$ 10 mil em equipamentos de airsoft”.
O ex-namorado entende estar à mercê de Rafaela. “No dia da facada, eu tinha medida protetiva, mas, mesmo assim, ela saiu da delegacia sorrindo com a advogada, enquanto eu estava lá, sangrando, prestando depoimento”. “Não tem o que fazer. Estou à mercê da sorte de acharem ela antes dela me achar. Ano passado morei na casa de um amigo por três meses. Será se agora vou ter que fazer isso de novo?”, questiona.
Entenda
A agente foi presa pela PCDF em 28 de novembro do ano passado por agredir o ex-namorado. A coluna revelou que ela havia deixado uma carta contendo diversas ameaças a ex-companheiros. O material foi apreendido. O texto, suspostamente escrito pela agente, revela parte do perfil agressivo de Rafaela.
Em determinado trecho da carta, ela cita que vai pegar o celular de um dos homens. Em seguida, escreve que planeja furar os quatro pneus, riscar a lataria e colocar fogo no carro de outro. A mulher detalha que quer matar um ex-namorado por envenenamento. Também diz pretender incendiar a moto de outro homem, para que ele pudesse “sofrer em vida” e posteriormente também morrer envenenado.
No texto, Rafaela também ameaça os familiares dos companheiros e afirma que um deles vai ver o “corpinho do papai ir pro saco”. Ela pontua que perseguirá o homem até que “ele enlouqueça”. Ainda na carta, garante que “vai pagar quantos assassinos de plantão forem necessários para acabar com a vida de todos eles. Um por um”.
“Vou colocar maconha na tua mochila, e a PM vai te pegar. Você vai ter um tráfico, meu amor, nas tuas costas. Aguarde e confira. E ainda será no dia do meu plantão. Terei o maior prazer em escrever a ocorrência”, ressaltou.
Veja o momento em que a agente se entrega à polícia: